Antonio Temóteo
postado em 06/01/2015 06:09
Sob aplausos de representantes do setor agropecuário e uma marcante ausência de parlamentares peemedebistas, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) tomou posse ontem como nova ministra da Agricultura ; a primeira mulher entre os 120 ocupantes do cargo desde o Império, fez questão de frisar. Ressaltando a proximidade com a presidente Dilma Rousseff, ela anunciou as principais metas estabelecidas pessoalmente pela petista para os próximos quatro anos: desburocratizar o setor, estruturar a defesa agropecuária e duplicar a classe média rural. Intensificar a agricultura irrigada e fortalecer os canais de exportação foram outras prioridades listadas por Abreu durante a cerimônia em que assumiu o cargo deixado por Neri Geller (PMDB-MT).
[SAIBAMAIS]Desde o começo classificada como escolha pessoal de Dilma e, portanto, fora da cota do PMDB na Esplanada, Kátia viu na plateia poucos colegas de legenda, como Eduardo Braga (AM), novo ministro das Minas e Energia, e Eliseu Padilha (RS), escolhido para comandar a Aviação Civil. Dentre os 18 colegas de Senado, somente Valdir Raupp (RO) foi prestigiá-la. Mas 15 ministros, de outras siglas, estiveram na cerimônia. Ignorando a ausência de correligionários, Kátia agradeceu ao apoio do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do dirigente nacional da sigla, o vice-presidente da República, Renan Calheiros.
;Iremos de porteira em porteira para encontrar essas pessoas. Formaremos uma rede de assistência da classe rural;, explicou ao falar da meta de duplicar a classe C rural. Segundo ela, 70% dos produtores compõem hoje as classes D e E. Para levar os mais pobres à nova classe média, anunciou a criação da Escola Brasileira do Profissional da Agropecuária, que tentará qualificar os servidores públicos municipais, estaduais e federais que atuam junto ao setor, assim como qualificar quadros de assistência técnica rural.
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