postado em 08/01/2015 16:43
Em meio à pressão que os partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff estão fazendo para garantir espaço no segundo escalão, o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, disse nesta tarde que a composição do governo levará em conta três princípio: capacidade de gestão, histórico de probidade administrativa e equilíbrio entre as siglas da coalizão. Na entrevista coletiva, concedida hoje (08/01), o ministro disse ainda que considera normal essa reação dos partidos. ;Encaramos todas as manifestações, que eventualmente acham que um pode estar melhor posicionado, como normais. Não conheço nenhum governo na face da terra que não tenha sido constituído e eventualmente não possa ter uma queixa, isso está dentro da normalidade;, minimizou.Vargas também negou que o Planalto articule nos bastidores na condução da presidência da Câmara. Segundo ele, o governo não interfere nos assuntos administrativos do poder Legislativo, por respeitar independência e harmonia entre os poderes. ;É um assunto políticos dos partidos que compõem a Câmara dos Deputados. Existem três candidaturas e o governo não interfere nesse assunto;, ressaltou. Ele, entretanto, defendeu a ;A pauta legislativa não é um assunto da administração da Casa, aí o governo, obviamente, vai dialogar com todos os partidos, vai expressar sua posição, seja nas matérias que tramitam nas comissões, no plenário da Câmara, no plenário do Senado;, disse.
Questionado sobre a possibilidade de abertura de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras, que estaria sendo liderada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Vargas voltou a destacar que não vê necessidade da criação de um novo colegiado porque o Ministério Público Federal, a Controladoria-Geral da União, o Judiciário e a Polícia Federal já apuram o caso. ;Hoje essas instituições funcionam, se alguém acha que elas não funcionam que venham a sustentar isso. Nós achamos que ela funcionam e que são eficientes no combate à corrupção;, resumiu.