postado em 15/01/2015 15:23
Oito dias após o ataque à revista de humor francesa Charlie Hebdo, que resultou na morte de 12 pessoas, entre elas oito jornalistas, o Senado promoveu nesta quinta-feira (15/1) um ato contra o terrorismo e a islamofobia. Usando o slogan Somos Charlie, que tomou conta das redes sociais e das ruas de Paris após o ato terrorista, o encontro serviu também para a defesa da liberdade de expressão.[SAIBAMAIS]O diretor da Federação Nacional dos Jornalistas, Celso Schroder, disse que a sociedade não pode relativizar a morte dos chargistas. ;Somos Charlie, porque somos solidários à memória dos trabalhadores que morreram no seu local de trabalho, porque exerciam o direito de se expressar. A liberdade de imprensa é o nosso dever básico e não pode ser violado;, afirmou.
O Sheik Muhammad Zidan, do Centro Islâmico de Brasília, condenou os ataques e frisou que o ser humano é o maior perdedor dessa guerra. ;Os muçulmanos, como cristãos e judeus, todos louvando a Allah, devemos recordar que Deus, nos seus ensinamentos e de seus profetas, sempre ensinou o amor, a verdade, a pureza e a paz;.
Para o representante da União Europeia, Francisco Fontan, é preciso equilibrar segurança e liberdade. ;A gente tem que estar junto, firme, falar alto e claro em defesa das liberdades públicas como suporte fundamental da democracia e do estado de direito. Quando essas coisas acontecem, temos que falar alto como brasileiros e europeus estão fazendo;.
Autor do requerimento para realização do encontro, o senador Cristovam Buarque (PTD-DF) alertou que o Brasil precisa reforçar a segurança contra eventuais ataques terroristas e promover a paz entre as culturas. ;O mundo é um só. O Brasil se diferencia da França porque está um pouco mais distante, e estamos menos protegidos. O que o terrorista quer é criar fato de repercussão mundial [para dizer] que estão vencendo a guerra;, argumentou o senador.