<div align="justify">O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró foi ouvido por delegados da Operação Lava-Jato, na manhã desta quinta-feira (15/1), na sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR). Acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema de desvios bilionários na estatal, Cerveró foi preso na madrugada de quarta-feira, (14/1), ao desembarcar no Aeroporto do Galeão, no Rio.<br /><br /><a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vd3d3LmNvcnJlaW9icmF6aWxpZW5zZS5jb20uYnIvcG9saXRpY2EtYnJhc2lsLWVjb25vbWlhLyIsImxpbmsiOiJodHRwOi8vd3d3LmNvcnJlaW9icmF6aWxpZW5zZS5jb20uYnIvcG9saXRpY2EtYnJhc2lsLWVjb25vbWlhLyIsInBhZ2luYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJtb2R1bG8iOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfcGsiOiIiLCJpY29uIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsImlkX3RyZWVhcHAiOiIiLCJ0aXR1bG8iOiIiLCJpZF9zaXRlX29yaWdlbSI6IiIsImlkX3RyZWVfb3JpZ2VtIjoiIn0sInJzcyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIn0sIm9wY29lcyI6eyJhYnJpciI6Il9zZWxmIiwibGFyZ3VyYSI6IiIsImFsdHVyYSI6IiIsImNlbnRlciI6IiIsInNjcm9sbCI6IiIsIm9yaWdlbSI6IiJ9fQ=="><strong>Leia mais notícias em Política</strong></a><br /><br /><--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> </w:Compatibility> <w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><[endif]--> <p class="MsoNormal">Ele negou ter feito operação ilegal ao pedir o resgate de R$ 463 mil de uma aplicação para passar para a filha, um dia antes de a Justiça Federal aceitar denúncia contra ele por corrupção e lavagem de dinheiro. Cerveró prestou depoimento por mais de três horas. "Ele negou veementemente", disse o advogado Beno Brandão, que defende Cervero e acompanhou o depoimento. </p><p class="MsoNormal"> </p> <p class="MsoNormal">Sobre a transferência de imóveis feitas em 2014 para familiares e os valores declarados, a defesa disse que um novo depoimento será marcado para os próximos dias. Cerveró é investigado no caso da compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Ele não foi questionado sobre o assunto nesta quinta-feira. </p><p class="MsoNormal"> </p> O criminalista Edson Ribeiro, que também integra o grupo de advogados que defende Cerveró, disse que o ex-diretor deveria ser questionado sobre a movimentação financeira envolvendo uma das filhas e a transferência de imóveis no ano passado, também para familiares. "Eu conversei com o delegado e o que vai ser perguntado é justamente sobre a movimentação financeira e a movimentação imobiliária", afirmou Ribeiro.<br /><br />Beno Brandão, advogado de Cerveró, chegou cedo à PF e acompanhou a oitiva. Ainda nesta quinta, a defesa deve entrar com pedido de liberdade no Tribunal Regional Federal da 4; Região, em Porto Alegre (RS).<br /><br />Ao justificar o pedido de prisão de Cerveró, o Ministério Público Federal sustentou que "não há indicativos" de que o esquema de corrupção da Petrobras "foi estancado". Segundo a Procuradoria, foi determinante para a prisão uma operação bancária feita por ele no dia 16 de dezembro - um dia antes de se tornar réu em ação penal da Lava Jato. "Não houve movimentação financeira. Ia haver uma disponibilização financeira, porque ele ia viajar para a Inglaterra e, como a filha é doente e tem gastos, ele ia deixar disponível (o dinheiro) para qualquer eventualidade. Mas não aconteceu, tendo em vista que se perderia um valor muito grande. Foi tudo legal", afirma o advogado.<br /><br />Funcionário de carreira da Petrobras desde 1975, Cerveró assumiu a Diretoria Internacional da estatal em 2003 e deixou o cargo em março de 2008, quando foi realocado para a BR Distribuidora. Deixou a subsidiária da companhia petrolífera em março de 2014 após a polêmica sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.<br /><br />O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, ambos presos, afirmaram em depoimentos à Justiça Federal que, no esquema de loteamento político em diretorias da Petrobras para desvio de recursos, a diretoria de Internacional, comandada por Cerveró, era controlada pelo PMDB. Costa e Youssef revelaram que Cerveró - indicado pelo PMDB para o cargo - recebia propina. Do valor de cada contrato superfaturado, segundo os delatores da Lava Jato, 1% era destinado a "comissões".</div>