postado em 19/01/2015 07:59
Apesar das mágoas da campanha presidencial, um setor do PSB tem se movimentado dentro do partido para se reaproximar do governo da presidente Dilma Rousseff. A ideia, encabeçada principalmente por lideranças próximas ao Planalto, como o ex-ministro da Integração e senador Fernando Bezerra (PSB-PE), no entanto, encontra fortes resistências na legenda. O principal argumento de quem prega a independência é que os dois partidos ; PT e PSB ; têm visões diferentes. Oficialmente, o discurso é embasado na resolução do partido, aprovada em consulta aos diretórios, que prevê o distanciamento.Bezerra Coelho, entretanto, tem defendido a união de forças políticas em torno do projeto de desenvolvimento, ;sem receios e com firmeza buscar a reaproximação política com o governo central, para ser o parceiro de importantes investimentos que precisam ser iniciados, acelerados ou concluídos;. A declaração do ex-ministro foi encarada por alguns correligionários como um apelo devido à situação financeira de algumas unidades da Federação, como Pernambuco e o Distrito Federal, que têm governadores do PSB. Eles acreditam que o desejo do senador tem o objetivo de tentar blindar essas localidades de uma crise econômica por falta de interlocução com o Palácio do Planalto.
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Em resposta ao movimento do ex-ministro, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), afirmou que a posição de independência do partido está mantida. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, acrescentou ainda que não vê a necessidade de reaproximação com o Planalto. Segundo ele, o momento é de manter essa postura de independência, apoiar projetos que são de interesse do país e ;ter a tranquilidade para deixar a presidente governar;.
Integrante da Executiva Nacional do partido, o senador Antonio Carlos Valadares (SE) alerta que é preciso ter muito cuidado com uma possível reaproximação. ;Tanto o apoio quanto a oposição têm que ser muito conscientes. Por ora, nós decidimos pela independência. Cada caso deverá ser analisado separadamente;, argumentou. Ele ressalta que há uma resolução na sigla que proíbe aos filiados que aceitem cargos no governo federal. ;Nós temos apoiado o governo nas propostas que achamos coerentes. No ano passado, mesmo depois de termos desfeito a aliança com a presidente, votamos com o governo na maioria dos casos. Não por exigência de apoio, mas porque achamos que as propostas eram boas;, explicou.
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