postado em 20/01/2015 11:14
O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, saiu hoje em defesa da presidente Dilma Rousseff. Em café da manhã com jornalistas que fazem a cobertura diária do Palácio do Planalto, o ministro disse que não há nenhum indício que envolva a presidente no escândalo da Petrobras e que quem faz este tipo de acusação deve apresentar provas. Ao Tribunal de Contas da União (TCU), o ex-presidente da empresa, José Sergio Gabrielli pede para ser excluído do processo e em caso de negativa, solicita que todos os membros do Conselho Administrativo sejam incluídos na ação referente à compra da refinaria de Pasadena (EUA). Na época, Dilma era presidente do colegiado.
;Quem causou prejuízos à Petrobras por cometer mal feitos, obviamente, vai ser responsabilizado. Não há nenhuma responsabilização da presidente Dilma sobre isso e ponto;, resumiu. Em seguida, o ministro acrescentou que ;quem quer se seja que venha a dizer isso tem em primeiro lugar que provar;. Vargas destacou que dos órgãos que investigam o caso, nenhum citou a presidente. ;Queremos rigor na investigação. Acredito que está tendo. A sociedade brasileira sairá fortalecida, a democracia brasileira sairá fortalecida;, defendeu.
[SAIBAMAIS] A expectativa de denúncia contra parlamentares envolvidos na Operação Lava-Jato, na avaliação do ministro, deve ser encarada com naturalidade. ;É bem provável que seja oferecido denúncia e que em alguns casos haja solicitação para investigação. Temos que aguardar o que vai acontecer. Fala-se muito, mas nada em concreto. Vamos aguardar os procedimentos da Procuradoria-Geral da República;, argumentou. Ele ressaltou que todos têm direito à ampla defesa e que, se condenados, terão que cumprir com os rigores da lei.
O ministro também assegurou que não há risco de quebra na Petrobras. ;Não tem risco nenhum, tem uma redução de preço do petróleo no mundo inteiro, mas a Petrobras, com os ativos que tem, não tem nenhum risco de quebrar.; Para ele, as oscilações na bolsa são normais, ;é como uma gangorra, uma hora está em cima e outra, embaixo;.
Orçamento
Além das denúncias da PGR com relação aos políticos envolvidos na Lava-Jato, o governo também aguarda o retorno do recesso do legislativo. Segundo Vargas, a votação do Orçamento da União só deve ocorrer depois do Carnaval. Ele acredita que o Congresso dedicará as primeiras duas semanas para decidir a presidência das Casas e das comissões. Só depois deverão cuidar da pauta legislativa.