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Campanha acirrada para presidência da Câmara entra na reta final

Em visita a Minas, Cunha critica adversários e canta vitória em primeiro turno na disputa pela presidência da Casa. Chinaglia e Delgado intensificam reuniões com aliados

postado em 24/01/2015 08:02
Eduardo Cunha em Belo Horizonte: o PHS anunciou ontem apoio ao candidato do PMDB na briga pela Câmara

Belo Horizonte ; A oito dias da eleição que vai definir o presidente da Câmara para o biênio 2015/2016, os principais candidatos fazem os ajustes finais na campanha e mantêm a tônica que marcou a semana. Enquanto o petista Arlindo Chinaglia (SP) e Júlio Delgado (PSB-MG) intensificam as reuniões com aliados e costuram novos apoios, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobe o tom das críticas aos rivais.

[SAIBAMAIS]Ontem, em Belo Horizonte, onde se tornou cidadão honorário, o peemedebista pregou a independência do Poder Legislativo e metralhou para todos os lados. Sem modéstia, Cunha, que também é líder da bancada do PMDB, afirmou que sairá vencedor da disputa em primeiro turno. Ele chamou Chinaglia de submisso ao governo federal e disse que Delgado representa ;um terceiro turno que não queremos fazer dentro do plenário da Câmara dos Deputados;.

;Acredito que a eleição será decidida em primeiro turno e que serei vitorioso;, afirmou. Apesar de já ter feito críticas diretas à interferência do Executivo no processo eleitoral, segundo o deputado federal, sua candidatura não será de oposição. ;Não seremos uma presidência de oposição, mas não seremos também submissos ao governo;, disse. Segundo Cunha, sua postura será de independência. ;A Casa não quer a hegemonia do partido do Poder Executivo no Legislativo. Não pode acontecer a interferência do Poder Executivo na eleição do Legislativo;, disse.

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Aliados no governo, PT e PMDB têm trocado farpas na Câmara dos Deputados. Ontem, Eduardo Cunha voltou a atacar diretamente Chinaglia, candidato petista. ;O meu oponente do PT já foi presidente da Casa, já se comportou como submisso. O PT é submisso ao governo em todas as circunstâncias;, afirmou. Mas o deputado não poupou Júlio Delgado, apoiado pelo PSDB: ;A outra candidatura representa uma oposição, justamente o terceiro turno eleitoral que não queremos fazer dentro do plenário da Câmara dos Deputados;.

A homenagem ao deputado federal foi capitaneada pelo vereador Marcelo Aro (PHS), eleito deputado federal em outubro. Durante a solenidade, o PHS anunciou oficialmente apoio a Cunha, que aproveitou a ida à capital mineira para consolidar conversas com deputados da bancada. Segundo Aro, em jantar oferecido a Cunha em sua casa, na quinta-feira, estavam presentes de 20 a 30 deputados federais. ;Houve uma adesão muito boa, inclusive com a presença do vice-governador Toninho Andrade (PMDB);, afirmou.

O líder do PMDB está confiante na vitória e convicto de que terá apoio dos 66 deputados do partido nas eleições em 1; de fevereiro, que tem votação secreta. Também contabiliza os votos de deputados do Solidariedade, do PSC, do PTB, do PRB e do DEM, além do PHS. Segundo Eduardo Cunha, estão em Minas seus apoiadores mais ;ardorosos;.

Arlindo Chinaglia e Júlio Delgado não comentaram as declarações do adversário ontem. Tanto o petista quanto o socialista vão aproveitar o fim de semana para intensificar reuniões com aliados e discutir detalhes das candidaturas.

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