Politica

Cerveró depõe na segunda-feira em Curitiba sobre a operação Lava Jato

Principais envolvidos na operação da Polícia Federal adotam estratégias distintas, mas concentram parte dos ataques no governo petista e na base aliada ao Planalto

postado em 25/01/2015 08:02
Quase um ano depois de ser deflagrada, a Operação Lava-Jato se tornou um campo de fogo cruzado entre os principais investigados. Em comum, as defesas de ex-diretores da Petrobras e de executivos concentram parte dos ataques no governo federal e na base aliada. A estratégia é empurrar a responsabilidade pelo comando do esquema aos partidos que apoiam o Palácio do Planalto. Como antecipou o Correio na última quinta-feira, o ex-diretor da Área Internacional da petrolífera Nestor Cerveró vai usar seu depoimento à Polícia Federal amanhã para reforçar a tese.

[SAIBAMAIS]De acordo com o advogado Edson Ribeiro, defensor de Cerveró, ele ;será contundente; ao responsabilizar o Conselho de Administração da Petrobras pela compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006, que resultou em um prejuízo de US$ 792 milhões à empresa, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo a presidente Dilma Rousseff, ela se baseou em um ;parecer falho; feito por Cerveró ao votar pela aprovação do negócio, quando comandava o Conselho de Administração da Petrobras.

Enquanto atacou a petista, Cerveró também se tornou alvo de mais denúncias. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores do esquema de pagamento de propina em troca de contratos com a petrolífera, disse que Cerveró pode ter recebido entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões de propina no processo de compra de Pasadena. Costa admitiu ter recebido US$ 1,5 milhão para ;não atrapalhar; o negócio. O trecho do depoimento dele à PF foi revelado pelo juiz Sérgio Moro para justificar nova prisão preventiva a Cerveró na última quinta-feira.

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