postado em 01/02/2015 14:44
Um discurso comum entre os quatro candidatos que disputam a presidência da Câmara dos Deputados neste domingo (1;) é o de conferir maior autonomia e independência à Casa, em relação ao Executivo. O tema de independência vem sendo recorrente nas últimas eleições da casa legislativa.O motivo da reclamação de boa parte dos deputados é a falta de votação de projetos de iniciativa dos congressistas, uma vez que a maioria das votações é de medidas provisórias e de projetos de autoria do Executivo.
O primeiro a se lançar candidato, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), tem dito por onde passa que sua candidatura é independente, e promete adotar, caso eleito, uma postura "nem de oposição, nem de submissão; ao Planalto, mesmo sendo integrante de um partido da base aliada.
O ex-presidente da Câmara e postulante a novo mandato, Arlindo Chinaglia (PT-SP), tem adotado discurso similar. Embora seja do partido da presidenta Dilma Rousseff, Chinaglia tem negado ser o candidato do governo, e tem prometido trabalhar por ;um novo marco nas relações da Câmara com os demais Poderes;.
Teor igual tem sido adotado pelo oposicionista Júlio Delgado (PSB-MG). Em seus discursos, Delgado diz que "trabalhará para que o Parlamento seja respeitado e visto em pé de igualdade com os outros Poderes".
Além de defender a autonomia, o também oposicionista Chico Alencar (Psol-RJ) acena por maior participação popular nas decisões legislativas, como "reação ao discurso de negação da política e à necessidade de que o Legislativo se abra aos clamores da população".
Outro tema comum entre os candidatos é a votação da reforma política, que trata da possibilidade do fim da reeleição, financiamento público de campanha, mandato de cinco anos, coincidência eleitoral, entre outros. Contudo, divergem quanto a temas como financiamento empresarial de campanha.
O fortalecimento do Parlamento e a reaproximação com a sociedade é outro tema comum nas propostas apresentadas pelos quatro candidatos.
A construção de mais um prédio (Anexo V) para acomodar os gabinetes parlamentares é defendida pelos candidatos do PMDB e do PT, criticada pelo candidato do PSOL e não há referência explícita nas propostas do PSB.