Naira Trindade
postado em 04/02/2015 17:47
A renúncia de presidente Graça Foster e cinco diretores da Petrobras repercutiu na reunião da bancada do PT conduzida pelo presidente nacional do partido, Rui Falcão, na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (4/2). Apesar de despejar elogios à gestão de Graça Foster, petistas defenderam a necessidade de mudanças da chefia da estatal. ;Graça fez um trabalho muito importante, mas no momento, a permanência era insustentável. Está um pouco tarde, mas vamos acertar;, afirmou o deputado petista Carlos Zarattini (SP).[SAIBAMAIS]Presidente do PT, Rui Falcão minimizou a saída de Foster. ;O mais importante é a gente fortalecer a Petrobras. Mostrar que é uma empresa que tem recursos inclusive para o futuro do país. Há uma tentativa muito grande de desmerecer a Petrobras como empresa pública. Nós temos que manter as políticas de conteúdo nacional da Petrobras, que garantem emprego, garantem o crescimento do país. Nós não concordamos com a ideia de analistas de privatizar a Petrobras e tampouco de tirar dela a condição de operadora única de pré-sal e ou de mudar o regime de partilha para regime de concessão;, afirmou Falcão.
Para o ex-líder do PT, deputado federal Paulo Teixeira (SP), a saída de Foster era inevitável: ;Graça renuncia porque é momento de renúncia. Toda empresa, às vezes, precisa de mudança. Era um fato necessário para melhorar a governança. A Petrobras carecia de uma mudança para sair das páginas políticas e voltasse para as páginas de economia;, disse. Graça deixa a estatal após a divulgação do balanço que desconsiderou aos acionistas as perdas de corrupção e estimou R$ 88 bilhões de ativos superavaliados.