Politica

Planalto será obrigado a recuar no pacote de ajuste fiscal

Base aliada de Dilma classifica as propostas de "suicídio político"

Rosana Hessel, Paulo de Tarso Lyra
postado em 11/02/2015 06:02

Centrais sindicais se reuniram com parlamentares ontem para cobrar a rejeição de mudanças nas leis trabalhistas

O governo terá de afrouxar o pacote de ajuste fiscal que enviou ao Congresso se não quiser sofrer uma nova derrota parlamentar, bem mais representativa do que a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara. Segundo apurou o Correio, uma das primeiras mudanças aceitas pelo Planalto é a permissão para que os trabalhadores permaneçam 12 meses no mesmo emprego ; e não 18, como está na proposta original ; para ter direito ao seguro-desemprego. Seria uma maneira de garantir a manutenção do empregado no cargo ao longo de 2015, ano que, segundo o Executivo, será o mais árduo da crise econômica.

O pacote fiscal que altera regras trabalhistas e previdenciárias tem sido bombardeado pela base de apoio ao governo no Congresso e pelas centrais sindicais. ;Não tem como o pacote das medidas provisórias sair como entrou aqui;, confirmou o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC).

Já foram apresentadas mais de 600 emendas às propostas originais. Autor de algumas dessas sugestões de mudanças, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que o governo está cometendo suicídio. ;Teremos um ano político difícil, com a oposição pedindo o nosso impeachment. Tudo o que não precisamos é atirar em nossa base de apoio, naqueles que vão às ruas nos defender;, criticou Lindbergh, em uma referência aos movimentos sociais e às centrais sindicais.

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