Politica

Acusado de ser operador de estaleiro nega corrupção na Petrobras

Engenheiro Zwi Skornicki teve cinco carros de %u201Calto valor%u201D e 48 obras de arte avaliadas em pelo menos R$ 700 mil apreendidos

Eduardo Militão
postado em 12/02/2015 18:33
Acusado por um delator da Operação Lava-Jato de ser operador no esquema de corrupção na Petrobras, o representante do estaleiro Keppel Fels Zwi Skornicki negou irregularidades apontadas pela Polícia Federal. Ele repudiou as denúncias do ex-gerente de Engenharia da estatal Pedro Barusco em nota divulgada nesta quinta-feira (12/2).

;Ressalta que não é operador de esquema como vem sendo divulgado e esclarece que atua como representante comercial e consultor de empresas nacionais e transnacionais;, informaram os auxiliares de Zwi. Ele disse que presta consultorias sendo remunerado em percentual conforme os contratos, mas ;dentro de absoluta legalidade;.

O engenheiro foi obrigado a prestar depoimento à PF na quinta-feira da semana passada (5/2), mas negou as acusações. Na casa dele, os policiais apreenderam cinco carros de ;alto valor; e 48 quadros de artistas como Salvador Dalí e Romero Brito. Segundo sua assessoria, as obras de arte valem R$ 700 mil no máximo, ;cifra bastante inferior aos milhões de reais divulgados;.

Na nota, Zwi diz que as obras de arte foram adquiridas em um leilão durante um cruzeiro e retiradas diretamente na Receita Federal. Os impostos foram ;devidamente pagos à época;.

O engenheiro disse que seu patrimônio foi obtido ao longo dos 41 anos de atuação no mercado de óleo e gás. A Receita Federal nunca multou Zwi, segundo a assessoria.

Skornicki desmarcou uma viagem de trabalho à Cingapura para evitar que isso seja interpretado como tentativa de fuga. Por meio de assessores, ele disse que isso mostra a ;disposição de cooperar com a Justiça brasileira na elucidação dos fatos;.

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