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Oposição quer quebra de sigilos de José Dirceu logo após o carnaval

De acordo com o doleiro Alberto Youssef, ele era um dos indicados para receber a propina supostamente paga por empreiteiras ao PT

postado em 14/02/2015 07:03
Condenado no mensalão, Dirceu cumpre pena em regime aberto: agora, o nome dele é ligado à Lava-Jato
A oposição promete iniciar os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, instaurada na Câmara, com o pedido de quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e de dados da internet do ex-ministro José Dirceu. De acordo com o doleiro Alberto Youssef, ele era um dos indicados para receber a propina supostamente paga por empreiteiras ao PT no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava-Jato.

[SAIBAMAIS];No primeiro dia de trabalhos da CPI da Petrobras, vamos pedir a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático (dados da internet) do ex-ministro José Dirceu e das empresas em que ele consta como sócio;, anunciou o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR). A primeira reunião da CPI, quando devem ser escolhidos o presidente e o relator do grupo, só deve ocorrer na semana seguinte ao carnaval. PT e PMDB ainda não indicaram os integrantes para o colegiado.

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A Justiça Federal já quebrou o sigilo da empresa JD Assessoria e Consultoria, que tem Dirceu e um irmão como sócios. A juíza Gabriela Hardt, que assina a decisão do mês passado, no entanto, negou a quebra de sigilo de Dirceu. Na decisão, ela alega que, ao fazer o pedido, o Ministério Público não provou que o ex-ministro era dono da empresa no período em que ela recebeu repasses de empreiteiras investigadas na Lava-Jato.

Base governista
A tentativa de ter acesso aos dados de Dirceu na CPI não deve ser fácil. Em 2005, quando a CPI dos Correios investigava o mensalão, a base governista conseguiu impedir que a oposição quebrasse o sigilo do ex-ministro, então investigado. ;Se o próprio ex-ministro nega ligação ou participação nesse novo esquema de corrupção, não deve temer qualquer quebra de sigilo. Seria uma chance de ele provar que, desta vez, não é o chefe da quadrilha;, argumenta Rubens Bueno sobre uma eventual rejeição da quebra pelo PT.

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