Eduardo Militão
postado em 17/02/2015 07:03
A oposição quer que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tenha a conduta na Operação Lava-Jato investigada pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República. O chefe da Polícia Federal está sob pressão depois da divulgação de um encontro dele com advogados da empreiteira Odebrecht, suspeita de participação no esquema de propinas na Petrobras. No domingo, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa havia pedido a demissão do petista. Ontem, foi a vez do líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR). ;Uma autoridade não pode se reunir com organizações criminosas que assaltaram a Petrobras;, atacou.[SAIBAMAIS]Bueno e o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), estudam pedir a convocação de Cardozo na CPI da Petrobras. O deputado cobra ainda que ele seja investigado pela Comissão de Ética d a Presidência. ;Queremos convocar o ministro para que ele possa prestar esclarecimentos diante das versões contraditórias apresentadas até agora;, disse o senador ao jornal OGlobo. ;Podemos chamar na CCJ ou na de Fiscalização;, antecipou.
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O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), defendeu o correligionário. ;A quem interessa a demissão de um ministro da Justiça independente chefe de uma Polícia Federal que apura o que tem que apurar, sem interferências?;, questionou o senador em uma rede social. A presidente Dilma Rousseff declarou duas vezes ser preciso ;saber investigar; e que as empreiteiras da Lava-Jato são importantes para a economia nacional.
O governo federal atua para que elas não entrem em processo de falência ; o que colocaria em risco obras de infraestrutura. Em nota endossada pela Odebrecht, o Ministério da Justiça diz que Cardozo fez sua obrigação ao receber advogados, pois isso é uma previsão legal. O encontro de 5 de fevereiro, teve a presença do vice-presidente jurídico da empresa, Maurício Ferro. Defensores da empreiteira disseram que pediram a audiência formalmente e protocolaram, sob sigilo, uma representação e um pedido de certidão. Se não obtiver a certidão, a construtora deve ir à Justiça.
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