Politica

Planalto tem cinco dias para conter CPI da Petrobras e outros projetos

Congresso estendeu o carnaval até o fim de semana, mas o governo federal terá de utilizar o tempo extra para conter os projetos com forte impacto nas contas públicas e a CPI da Petrobras

Naira Trindade
postado em 18/02/2015 06:10
Congresso estendeu o carnaval até o fim de semana, mas o governo federal terá de utilizar o tempo extra para conter os projetos com forte impacto nas contas públicas e a CPI da Petrobras

No retorno do carnaval, o Palácio do Planalto será obrigado a direcionar os esforços da articulação quase que exclusivamente para apagar incêndios políticos no Congresso Nacional. O governo terá de trabalhar nas duas Casas para cercar os trabalhos da nova CPI da Petrobras; eleger aliados de confiança para as comissões temáticas da Casa; aprovar os ajustes nas contas públicas; além de evitar que temas explosivos como o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho saiam da gaveta. Isso, levando em conta uma base aliada rachada e a pressão crescente de sindicalistas e da oposição, que não se furta a falar em impeachment da presidente Dilma Rousseff, sem contar os próprios aliados insatisfeitos ; de olho nos cargos do segundo escalão.

Em tese, o governo terá cinco dias para tentar uma aproximação com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ; aliado, mas com um dos pés na oposição. Isso porque a Casa só terá sessões deliberativas na semana que vem. Dilma Rousseff foi, inclusive, aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a estender a bandeira branca para o peemedebista, dono da pauta a ser votada pelos deputados. Nas duas primeiras semanas, o parlamentar fluminense impactou os cofres aprovando o Orçamento Impositivo, que obriga o governo a pagar emendas parlamentares ; abriu uma brecha para os novatos indicarem R$ 10 milhões em emendas individuais para este ano ; e ainda entregou à oposição a comissão que estudará a proposta da reforma política da Casa.

Logo depois de tomar posse, em 1; de fevereiro, Cunha garantiu que não teria a postura de prejudicar o controle das contas públicas. ;Minha postura sempre foi a de combater qualquer coisa que impeça o país de conseguir controlar suas contas públicas. Jamais fomos favoráveis a ;pautas bombas; que estourem o orçamento ou que aumentem os gastos públicos;, afirmou. Dias depois da fala, no entanto, o parlamentar não apenas aprovou o Orçamento Impositivo como ainda abriu a brecha para que os parlamentares também tivesse o direito de indicar emendas ao Orçamento deste ano. A alteração na regra contou com o aval do senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator-geral do Orçamento de 2015. O valor dado aos novatos ficou R$ 6 milhões menor do que o reservado para os reeleitos ; o impacto total do projeto é de R$ 9,69 bilhões.

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