Politica

Oposição defende sabatina de Cardozo no início da nova CPI da Petrobras

Com a confirmação de que a comissão será instalada na próxima quinta-feira, oposição defende que o encontro reservado de José Eduardo Cardozo com advogados seja analisado logo no início da investigação

postado em 20/02/2015 09:25
Cardozo: disse a Odebrecht que, ao longo da operação, havia vazamentos ilegais que atingiam a empresa, que isso era clara ofensa à leiNo alvo da oposição, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), que deve ser convocado para depor na nova CPI da Petrobras, a ser instalada na próxima quinta-feira, revelou ontem o teor da polêmica reunião com advogados da empreiteira Odebrecht. O encontro, cujo assunto não havia sido relatado na agenda pública da pasta, despertou a indignação do juiz Sérgio Moro, à frente dos processos relativos aos desvios na Petrobras, e do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, que chegou a pedir a demissão do petista. A empresa é alvo da Operação Lava-Jato. Cardozo negou qualquer tipo de pressão. Afirmou que, no encontro ocorrido no último dia 5, tratou do suposto vazamento de informações sigilosas da investigação e também sobre ;uma colaboração internacional; que envolveria a construtora.

Em artigo publicado na imprensa, a advogada Dora Cavalcanti, que defende a empreiteira, afirmou que procurou o Ministério da Justiça ;para noticiar que a única providência adotada no bojo do Inquérito n; 1.017/14, instaurado na Delegacia de Polícia Federal em Curitiba com objetivo de apurar os vazamentos, fora a oitiva de três ou quatro jornalistas;. Ela salientou que ;a petição endereçada ao ministro da Justiça em nada diferia de outra anteriormente dirigida ao ministro Teori Zavascki, relator do caso no STF, e ainda se somava a outras três protocoladas diretamente perante a 13; Vara Federal de Curitiba;.



[SAIBAMAIS]Ontem, o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), afirmou que, logo no início, a CPI precisa esclarecer o verdadeiro teor da reunião entre Cardozo e os advogados da Odebrecht. ;Nós defendemos a República. Como alguém que não zela pela coisa pública pode continuar no cargo atendendo demanda? Claro que ele não tem condições de ser ministro;, disse Bueno. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), marcou para o meio-dia da próxima quinta-feira a instalação da CPI.

Representação
Cardozo, no entanto, declarou que, durante a reunião, orientou os advogados a fazer uma reclamação formal. ;Disse a Odebrecht que, ao longo da operação, havia vazamentos ilegais que atingiam a empresa, que isso era clara ofensa à lei. (Mencionaram) que eu havia mandado abrir inquérito para investigar, o que é verdade. E (disseram) que o inquérito não estava sendo tocado corretamente pela PF. Eu pedi que fizessem uma representação formal;, comentou Cardozo.

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