postado em 20/02/2015 11:30
A presidente Dilma Rousseff defendeu, na manhã desta sexta-feira (20/2), a correção da tabela do Imposto de Renda em 4,5%. Segundo ela, não há recursos para corrigir a tabela em um índice superior a 4,5%. Por isso, não há condições de fazer um reajuste em 6,5% como foi constava no texto enviado pelo Congresso Nacional e vetado por ela no início do ano. Segundo parlamentares que defendem um reajuste maior, a correção em 4,5% não compensará a alta dos preços. Dilma disse que, caso haja a derrubada do veto, deverá haver uma nova rodada de negociação. O veto ainda pode ser derrubado pelos congressistas, o que representaria mais uma perda para o governo. Ele será analisado na semana que vem.
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;Nós não estamos vetando porque queremos. Estamos vetando porque não cabe no Orçamento. Nunca escondemos que era 4,5%", disse a presidente. Ela participou nesta manhã da cerimônia de entrega de cartas credenciais de embaixadores estrangeiros.
;Eu tenho um compromisso e vou cumprir meu compromisso, que é 4,5%. Não estamos vetando porque queremos, estamos vetando porque não cabe no orçamento público, é assim;, argumentou Dilma. Após críticas sobre seu silêncio, esta foi a primeira entrevista coletiva de Dilma após assumir o segundo mandato.
;Eu já mandei [a proposta de 4,5%] por duas vezes, vou chegar à terceira vez. Meu compromisso é 4,5%. Se, por algum motivo, não quiserem os 4,5%, nós vamos ter de abrir um processo de discussão novamente;, adiantou.
Quanto maior o índice de correção da tabela, maior o número de contribuintes isentos do pagamento de imposto e menor a arrecadação. O governo argumenta que a correção de 6,5% levaria a uma renúncia fiscal de R$ 7 bilhões.