Naira Trindade
postado em 23/02/2015 06:00
A perspectiva de os inquéritos envolvendo políticos na Operação Lava-Jato chegarem ao Supremo Tribunal Federal (STF) nas próximas semanas acirra a disputa pelo comando dos Conselhos de Ética da Câmara do Senado. Os presidentes das duas Casas estudam com cautela os nomes a serem indicados para concorrerem às vagas. Aqueles que assumirem a presidência dos colegiados será responsável por ditar o andamento de processos que podem resultar na cassação dos diretos de políticos de parlamentares.
Na Câmara, com o apoio do então presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PSD-SP), o deputado federal Marcos Rogério (PDT-RO) trabalha para construir consenso entre a maioria dos colegas e conquistar os votos necessários para ser eleito. É a segunda vez que Marcos Rogério vai disputar a cadeira. Em 2013, mesmo sendo indicado pelo então presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Rogério acabou derrotado por Ricardo Izar, por um voto.
Para conseguir a cadeira este ano, porém, Marcos Rogério vai precisar lidar com as denúncias de que teria recebido R$ 100 mil de doações de empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato para a campanha de 2014. ;Se eleito, vou ter a postura de alguém que entende o papel relevante de trabalhar com o que estabelece a Constituição Federal e o Regimento da Casa. Quem acompanhou meu trabalho como relator em casos do conselho sabe que procuro ser o mais técnico, e minha postura vai ser nessa linha;, afirmou Marcos Rogério. Ele nega que as doações comprometam a atuação no parlamento.
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