Politica

Temer diz que jantar é "primeiro passo" para aprovação de ajuste fiscal

Questionado se a presidente pode contar com o PMDB, ele respondeu: "seguramente"

postado em 23/02/2015 20:54
O vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) disse, nesta segunda-feira (23/2), esperar que o jantar com lideranças políticas e ministros da cúpula do PMDB nesta noite sirva como o "primeiro passo" para a aprovação do ajuste fiscal. Temer falou antes de se reunir com o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, e seguir para o jantar no Palácio do Jaburu no início da noite. "Você sabe que eu convidei o ministro Levy (da Fazenda) precisamente para ter um primeiro contato com o Congresso Nacional. É o primeiro passo para que o ajuste fiscal possa vir a ser vitorioso no Congresso Nacional. É preciso começar o diálogo e começar pela área econômica ", disse. Questionado se a presidente pode contar com o PMDB, ele respondeu: "seguramente".


Temer afirmou que o ajustamento é necessário para que a economia continue "saudável". Sobre a correção na tabela do imposto de renda, Temer disse que esteve hoje com o Pepe e que o governo está dialogando com "mais intensidade" com o Congresso. "É importante que se preste toda homenagem ao Congresso, porque é quem dá a última palavra. As relações são harmoniosas e continuarão muito produtivas entre executivo e legislativo", avaliou. Temer afirmou que o diálogo para discutir as propostas polêmicas do ajuste fiscal, como os direitos trabalhistas está aberto. "Vai haver um ajustamento, não ha duvida disso."


As medidas de ajuste apresentadas pelo governo dificultam o acesso a direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, pensão por morte e seguro defeso, por exemplo. As propostas têm sido alvo de contestação por parte de centrais sindicais e de parlamentares, inclusive da base, que tem feito uma série de emendas às duas medidas provisórias que tratam das medidas no Congresso Nacional.

Estarão presentes no jantar desta noite os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento); Alexandre Tombini (Banco Central); Aloizio Mercadante (Casa Civil), Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura), Vinícius Lages (Turismo), Edinho Araújo (Portos), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Helder Barbalho (Pesca). Também confirmaram presença o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, além do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, e do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani.

"Muito diálogo"
Após se reunir com Temer, o líder do governo na Câmara José Guimarães disse que eles trataram no encontro, que durou menos de uma hora, da pauta do Congresso e da necessidade "de recomposição da base", como medidas para facilitar a aprovação das propostas de ajuste fiscal. "Há muito espaço (para diálogo). O governo quer aprimorar as medidas provisórias e está trabalhando para isso com as centrais, evidentemente, mantendo a espinha dorsal. São muitas emendas apresenatdas e vamos aprofundar o debate", disse.

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