postado em 25/02/2015 23:54
Depois de quase duas horas e meia de discussão, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (25) um projeto de lei que cria uma espécie de ;quarentena; contra a fusão de partidos políticos. Pela proposta, um novo partido só poderá se juntar a outro depois de cinco anos de funcionamento. Parlamentares dizem que o projeto foi feito ;sob medida; para contrariar os planos do ministro Gilberto Kassab (Cidades), presidente do PSD. Kassab trabalha na criação de uma nova agremiação, o Partido Liberal, que seria posteriormente fundido ao PSD. A criação de um novo partido também abre brechas para a migração de parlamentares de outras legendas. O texto segue para o Senado. Leia mais notícias em Política
A criação do PL é apoiada ainda pelo PT, que acredita que o novo partido poderia atrair deputados de legendas de oposição e do PMDB, reduzindo o peso do aliado no Congresso. O partido apresentou diversos requerimentos durante a votação de hoje, com o objetivo de atrasar o processo. O líder do PT, Sibá Machado (AC), chegou a sugerir que a votação fosse adiada para a semana que vem. Peemedebistas e deputados de partidos de oposição apoiaram o substitutivo apresentado pelo relator no plenário, Sandro Alex (PPS-PR). Apenas PROS, PR, PSOL e PSD votaram contra o projeto. O PT liberou a bancada.
Nova comissão permanente
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ainda aproveitou a sessão de ontem para aprovar uma resolução que cria uma nova Comissão Permanente na Câmara. A Comissão Permanente de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência será o 23; colegiado temático da Câmara. A definição dos presidentes de cada uma das comissões ocorre numa reunião entre os líderes partidários, nesta quinta (26), às 10h.