postado em 26/02/2015 13:46
Depois de anunciar nesta quarta (25/2) a extensão das passagens aéreas a mulheres de parlamentares, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que, ele mesmo não vai utilizar o benefício. ;Veja bem, ninguém é obrigado a usar não. Eu mesmo não vou usar. Então, não vejo problema nenhum. O que nós estamos dando é a possibilidade do parlamentar, dentro da sua cota, sem nenhum aumento, utilizar;, disse Cunha. ;Tem parlamentares que precisam usar, porque as esposas moram em estados distantes, e precisam delas inclusive para a sua locomoção pessoal;. Cunha chegou a dizer que ;80% dos deputados; não vão usar o benefício. Falando em nome de suas bancadas, os líderes Chico Alencar (PSOL-RJ) e Rubens Bueno (PPS-PR) também disseram que seus correligionários abrirão mão de usar o benefício em nome dos cônjuges. Cunha chegou a dizer que ;80% dos deputados; não vão usar o benefício. ;A bancada do PPS comunicou ao presidente que nós abrimos mão dos cônjuges. Nós não achamos que condiz com o nosso papel de parlamentares;, disse Rubens Bueno. ;Parabéns. Muito bem. E não é porque sejam todos (os deputados do PPS) solteiros;, disse Chico Alencar.
;Nós todos que não somos da Mesa fomos surpreendidos com decisões desse porte, da Mesa. Que repercute sobre a casa, e nós temos que responder por isso. Então eu cobrei dele (Cunha) que, quando houver decisão desse porte, que ela seja submetida ao colégio de líderes, para que os partidos possam se posicionar;, disse Alencar. Para ele, a decisão ;é um retrocesso; da Mesa Diretora, sob comando do bloco partidário chefiado pelos peemedebistas.
[SAIBAMAIS]
Benefício para casais homoafetivos
Eduardo Cunha também comentou a possibilidade do benefício ser utilizado por parlamentares que mantenham união civil estável com pessoas do mesmo sexo. ;A gente adotou o critério que está sendo utilizado para a concessão de passaporte diplomático, o mesmo do Itamaraty;, disse ele. Por essas regras, a concessão é possível, desde que a união civil seja reconhecida em cartório. ;Não vai ter esse negócio de namorada, que troca a cada dia, não vai haver isso;, afirmou Cunha. ;Ninguém inventou nada. Antes, até 2009, o procedimento era muito mais amplo que isso. Era de que, dentro da cota, se usava o que quisesse. Se dava para filho, filha, e até para cabo eleitoral, era o que acontecia aqui antes;.