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Pressão popular e até de aliados faz Cunha cogitar recuo na farra aérea

Surpreso com a polêmica, o presidente da Câmara afirmou não ver nada demais na indecente regalia, mas admitiu rever o privilégio "se a Mesa Diretora quiser"

Criticado pelo Ministério Público e até mesmo por partidos que o apoiaram na eleição para o comando da Câmara, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), admitiu a possibilidade de rever a concessão de passagens aéreas para cônjuges de parlamentares. ;Não vejo nada demais (na regalia), mas, se a Mesa Diretora quiser rever, é um direito dela. Na próxima reunião, ela que trate (do tema). Não tem problema nenhum da minha parte;, minimizou. Pagar os deslocamentos aéreos à custa do erário foi uma promessa de campanha de Cunha feita a mulheres de deputados durante a disputa pelo posto de presidente.



Parlamentares do PSDB informaram que a representante do partido na Mesa Diretora, a deputada Mara Gabrili (SP), atual terceira-secretária da Casa, votou contra a proposta. Luiza Erundina (PSB-SP) também. O PSDB prometeu entrar com mandado de segurança no STF para suspender a mordomia caso Cunha não se comprometa a pôr em votação, na semana que vem, uma resolução suspendendo a permissão para comprar bilhetes aéreos de cônjuges. ;Se sentirmos que o projeto de resolução não será acolhido pela presidência, entraremos com o mandado de segurança;, ameaçou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). Segundo ele, o pedido ao Judiciário está ;preparado, elaborado e assinado;, e os tucanos não usarão o benefício.

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