A Procuradoria Geral da República divulgou nota neste domingo (1/3) em que reforça entendimento antecipado pelo Correio há uma semana, quando integrantes da força-tarefa da Lava-Jato disseram que é preciso punir pessoas e também empreiteiras envolvidas organicamente na corrupção da Petrobras. Apesar de reconhecer como ;legítima; a preocupação do governo com consequências econômicas das construtoras, o Ministério Público diz que ;a maior preocupação deve ser com as consequências econômicas e sociais da corrupção praticada e em desenvolvimento - lembrando que houve práticas corruptas recém descobertas que ocorreram até dezembro de 2014;.
;Conforme a experiência internacional demonstra, quanto menor a corrupção na sociedade, melhores são as condições para o desenvolvimento econômico e social.;
A nota é uma resposta ao advogado geral da União, Luís Adams, que acusou os procuradores de fazerem ;estrangulamento da empresa como instrumento de produção de confissões.;
De acordo com a PGR, acordos de leniência a serem firmados pela Controladoria Geral da União (CGU) podem ser prejudiciais às investigações. Eles são contra os pactos que livrem as empreiteiras de serem impedidas de contratar com a administração sem trazer fatos novos para auxiliar na apuração de crimes ocorridos em todo tipo de obra no país.
Como a CGU não tem e, mãos os dados apurados pelo Ministério Público, pode acabar iludida com informações velhas. Para fechar um acordo, a Procuradoria quer o reconhecimento da culpa, pelo menos um ressarcimento parcial dos danos e a indicação de provas novas. ;Parece inviável que a CGU analise se os requisitos estão sendo atendidos;, diz a nota.