postado em 02/03/2015 06:00
Enxergado como a alternativa ideal por boa parte dos parlamentares aliados ao Palácio do Planalto, a criação do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) voltou ao centro do debate após o anúncio das medidas de arrocho fiscal implementadas pelo governo federal para combater o deficit nominal de R$ 343,9 bilhões verificado nas contas públicas no ano passado.O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (PT-AC), é um dos que defende a proposição e afirma ter recebido pedido de vários parlamentares. ;Os líderes do PSOL (Chico Alencar-RJ) e PC do B (Jandira Feghali-RJ), além de alguns deputados do meu partido, me procuraram pedindo apoio para que o tema seja apreciado. Tenho a sensação de que o IGF estará na pauta já no mês que vem;, afirmou. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) revelou que o tema foi discutido em reunião realizada na última quarta-feira (25) entre ministros da base aliada e a bancada do PT na Casa.
A Força Sindical também se reuniu com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na última quarta e pediu a substituição das mudanças nos direitos trabalhistas por uma proposição de sete medidas ; entre elas o IGF ;, que representariam, nos cálculos do sindicato, uma economia de R$ 111 bilhões de reais. Deste valor, R$ 6,9 bilhões viriam apenas do IGF.
O debate sobre o IGF, contudo, não é novo. O assunto está na pauta há mais de 25 anos. Tramitam 16 proposições com diferentes propostas para a criação do imposto. As mais antigas datam de 1989, incluindo o Projeto de Lei Complementar do então senador Fernando Henrique Cardoso, que taxava fortunas ainda em Cruzado Novo, moeda vigente à época. Só neste ano, já foram apresentadas três novas proposições sobre o tema.
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