A prometida reforma política que começa a ser discutida no Congresso Nacional ameaça ser reduzida a uma minirreforma para passar pelo crivo de parlamentares das duas Casas até maio deste ano. Pelo menos é a intenção do presidente da comissão especial que vai ditar o ritmo das 40 sessões previstas para analisar o assunto, Rodrigo Maia (DEM-RJ). ;É preciso entender que nós não faremos a reforma ideal;, sintetizou o presidente da comissão especial.
;Nós temos que entender que entre a utopia e a realidade tem uma distância;, completou. Na pauta de discussões, apenas dois temas devem receber o aval de parlamentares no plenário: a mudança do sistema eleitoral e o financiamento de campanha, que continua misto, mas sem a participação de empresas contratadas pelo governo. E, no que depender da presidência da comissão, a população assistirá às modificações sentada no sofá de casa, sem voz ativa, aceitando a escolha daqueles que elegeu. Confira a seguir os principais trechos da entrevista ao Correio:
O debate sobre a reforma política se arrasta há anos no Congresso. O que pretende fazer para, finalmente,conseguir aprovar alguma mudança?
É preciso entender que nós não faremos a reforma ideal. Não adianta querer avançar a partir do modelo alemão ou americano. Infelizmente, a gente vive num modelo que tem uma representatividade muito distante daquilo que a sociedade espera de deputados e governantes.
A intenção é fazer uma reforma ;fatiada;?
Acho que, em vez de fatiada, ela pode ser reduzida, tratando de três ou quatro pontos, no máximo. Uma reforma que tente tratar dos principais temas, que traga um ou dois assuntos para que possamos dar uma resposta e já comece a valer na próxima eleição.
Quais?
Os dois pontos básicos são o sistema eleitoral e o financiamento de campanha. Outros temas devem ser debatidos, mas defendo que não ultrapasse cinco itens. Senão a gente vai ter mais opiniões contrárias à reforma que apoios.
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