Paulo de Tarso Lyra
postado em 03/03/2015 07:42
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recusou o convite de jantar ontem à noite com a presidente Dilma Rousseff e outros integrantes do PMDB, no Palácio da Alvorada. A decisão, maturada ao longo do fim de semana e anunciada poucas horas antes da realização do encontro, caiu como uma bomba no Planalto e surpreendeu até mesmo alguns correligionários do alagoano. Ao reverter uma frase histórica ;convite de presidentes não se recusa;, Renan dá um sinal claro de que o fosso entre o PMDB e o Planalto se torna cada vez mais profundo.
Em nota oficial, Renan afirmou, de forma lacônica, que decidiu abster-se do jantar ;entre o PMDB, a presidente da República e ministros, em que se discutirá a coalizão; porque ;o presidente do Congresso Nacional deve colocar a instituição acima da condição partidária;. Para complementar, Renan encerrou: ;Considero o encontro como aprimoramento da democracia;.
Aos pares, Renan deu a dimensão da fragilidade na relação entre o governo e o PMDB. ;Para que tirar foto em um jantar de confraternização? Para dizer que tudo está bem quando não está?;, revelou um aliado. ;O PMDB deveria ser copiloto deste avião. Estamos funcionando como comissários de bordo, pedindo para os passageiros apertarem os cintos enquanto atravessamos a turbulência;, queixou-se outro interlocutor do cacique peemedebista.
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