postado em 04/03/2015 09:03
Contando com o apoio da maioria dos líderes de bancadas, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu dar prosseguimento aos preparativos para a construção do chamado Anexo V. Na reunião do colégio de líderes de ontem, Cunha relatou aos colegas sobre o andamento da proposta. Ele ponderou que o arrendamento do espaço para um shopping na área próxima à Câmara é ;uma das possibilidades;. Contrariado com um suposto ;vazamento; de informações, Cunha também decidiu afastar o diretor do Departamento Técnico (Detec) da Câmara, o engenheiro Maurício da Silva Matta. Dos líderes partidários ouvidos pela reportagem, apenas o do PPS, Rubens Bueno, se colocou contra a expansão. Estimativas da própria mesa informam que a obra deve custar até R$ 1 bilhão.[SAIBAMAIS]Segundo parlamentares ouvidos pela reportagem, Cunha quer garantir o ;controle; sobre o processo que envolve a construção do novo prédio. ;Ele afastou o diretor da Casa porque ele que deu aquela declaração de forma antecipada. O diretor fez uma colocação como se aquilo (a construção de um shopping por meio de PPP) fosse uma decisão final, e não é. Aquilo é uma das possibilidades;, disse o líder do PSC, André Moura (SE). Procurado pela reportagem, Matta confirmou o afastamento do cargo, mas disse que ainda não havia sido comunicado oficialmente até o começo da noite de ontem. Servidor de carreira da Câmara, Matta conversou com jornalistas sobre o tema, inclusive com o Correio, mas não forneceu detalhes sobre a proposta de parceria público-privada.
;Eu acho que a PPP é salutar, é boa. Agora, o presidente deixou claro na reunião (do colégio de líderes) que não houve nenhuma definição daquela posição, que foi colocada na imprensa, de que seria um shopping;, disse André Moura. ;Nós achamos necessário que haja de fato uma ampliação do espaço da Câmara. Frente aos outros prédios públicos, o nosso espaço é bastante antigo e reduzido. E nós temos a questão de que quase 100 deputados ficam numa situação diferenciada;, comentou o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ).
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