Naira Trindade
postado em 05/03/2015 08:36
Se insistir na iniciativa de arrendar o espaço da Câmara dos Deputados para construir um shopping center, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), terá de enfrentar uma batalha com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Órgão do Ministério da Cultura que tem a missão de preservar o patrimônio cultural brasileiro, o Iphan no Distrito Federal já identificou que a área não é destinada a shoppings e, além de ameaçar intervir na questão, pode, com amparo no tombamento de Brasília, sustar a construção.
[SAIBAMAIS]
O superintendente do órgão no Distrito Federal, Carlos Madson Reis, afirmou ao Correio, por meio de nota, que o órgão nem sequer foi consultado sobre a possibilidade de se construir na área. ;E, sim, o Iphan pode intervir na questão e, amparado na legislação vigente, sustar tal iniciativa;, escreveu Reis. Além do instituto, a Secretaria de Gestão do Território do Distrito Federal (Segeth) ; responsável pela normatização, gestão e preservação da área tombada ; também pode interferir caso Cunha prossiga com a construção do prédio comercial.
A expansão da Câmara prevê até mais quatro prédios no espaço que fica atrás do Anexo IV, na região do Congresso Nacional. O primeiro deles, conhecido como Anexo V, foi pensado para oferecer mais conforto aos 513 parlamentares. A proposta é que o prédio, com três andares e três subsolos, ocupe a área destinada à garagem do Anexo IV. Além de salas de trabalho, ele contemplaria um amplo auditório que poderia ser usado como plenário pelos deputados, com 670 lugares; e mais vagas de garagem para carros de funcionários.
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