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Cunha envia à Corregedoria representação contra deputado Edmilson Rodrigues

Investigação pede esclarecimentos sobre confusão na CPI da Petrobras

postado em 06/03/2015 19:56

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), encaminhou à Corregedoria da Casa representação contra o deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), por quebra de decoro parlamentar na reunião de ontem (5/3) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando o político do Pará teria desrespeitado o presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), por não concordar com a criação de sub-relatorias para a comissão.

Apresentada pelo deputado Daniel Vilela (PMDB-GO) e subscrita por muitos outros peemedebistas, a representação pede que sejam investigados os acontecimentos de ontem na CPI da Petrobras. No documento, os peemedebistas afirmam que Edmilson ;demonstrando grande falta de urbanidade, começou a gritar da cadeira em que se encontrava, buscando se sobrepor à voz do presidente [da CPI];.

A representação diz ainda que, sem qualquer palavra que o desrespeitasse, Edmilson passou a proferir ;impropérios e palavras de baixo calão;, desrespeitando e ofendendo o deputado Hugo Motta e a presidência da CPI. ;Entre as palavras indevidas que o representado proferiu destacam-se ;coronel; e ;moleque;. Esses vocábulos, no contexto em que foram proferidos representam, além da quebra de decoro, o externar de preconceitos arraigados no coração do representado;, diz outro trecho do documento dos peemedebistas.

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Os deputados que assinaram a representação pedem que ela seja encaminhada ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e a instauração de processo contra representante do PSOL. Pedem ainda a notificação do deputado para que ele ofereça sua defesa e, ao final, pedem a aplicação da penalidade devida, para que estes fatos não se repitam.

Mesmo pedindo o encaminhamento da representação ao Conselho de Ética, o presidente da Câmara, seguindo as regras regimentais, enviou o documento à Corregedoria, que deverá fazer as apurações necessárias dos fatos. Caberá agora ao corregedor, deputado Carlos Manato (SDD-ES), após as investigações, elaborar parecer que será levado à votação da Mesa Diretora da Câmara. Se a Mesa entender que houve quebra de decoro, ela encaminhará o parecer ao Conselho de Ética para a abertura de processo disciplinar.

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