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Executivo da Camargo Corrêa diz que a empresa pagou R$ 100 mi em propinas

Segundo Dalton Avancini, o dinheiro foi pago para obter contratos de obras na Usina de Belo Monte, no Pará

postado em 07/03/2015 08:00
O diretor-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, fechou acordo de delação premiada e vai ampliar as acusações sobre PT e PMDB para além do esquema de corrupção instalado na Petrobras. Segundo Avancini, a empreiteira pagou cerca de R$ 100 milhões em propina para obter contratos de obras na Usina de Belo Monte, na bacia do Rio Xingu, no Pará. A cifra foi dividida entre os dois partidos governistas.

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O executivo contou detalhes do esquema que funcionava em Belo Monte e, a partir daí, os procuradores aceitaram fazer acordo com o empresário, segundo reportagem publicada no site do jornal O Globo. A obra tem custo estimado de R$ 19 bilhões, sendo que a Camargo Corrêa tem participação de 16% no empreendimento.

[SAIBAMAIS]A expectativa dos investigadores da Operação Lava-Jato é de que Avancini detalhe a participação do lobista Fernando ;Baiano; Soares ; apontado como operador do PMDB ; no esquema de desvios da Petrobras. Baiano nega as acusações, mas a suspeita é de que ela tenha intermediado o repasse de vantagens indevidas entre a empresa e representantes do partido. Os procuradores também acreditam que Avancini confirmará a existência e a atuação do ;clube VIP;, cartel de empreiteiras instalado na Petrobras e em estatais do setor elétrico.

Além da Camargo Corrêa, que tem 16% dos contratos do consórcio responsável pela construção da usina, nove empresas compõem o grupo: Andrade Gutierrez, Odebrechet, OAS Ltda., Queiroz Galvão, Contern, Galvão Engenharia, Serveng-Civilsan, Cetenco e J. Malucelli. Seis são investigadas na Operação Lava-Jato: Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS, Galvão Engenharia e a Camargo Corrêa.

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