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Renan e Cunha serão investigados por corrupção e lavagem de dinheiro

postado em 07/03/2015 08:40

Eduardo Cunha e Renan Calheiros: inquéritos para investigar os dois peemedebistas são um duro golpe contra os presidentes da Câmara e do Senado

Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), serão investigados por uma série de crimes. Nas petições entregues pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, Cunha é acusado de corrupção passiva (pena de até 12 anos) e lavagem de dinheiro (até 10 anos). No caso de Renan, além desses dois crimes, há menção a formação de quadrilha (até 8 anos).

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Em depoimento de outubro de 2014, o doleiro Alberto Youssef detalhou como parlamentares do PMDB passaram a receber parte da propina arrecadada pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que era originalmente direcionada ao PP. O doleiro disse que, entre 2005 e 2006, o ex-dirigente da estatal ficou doente e houve um movimento político para tirá-lo do cargo na empresa. Foi então que entrou em cena a bancada do PMDB. Ele cita os nomes dos senadores Valdir Raupp (RO), Renan Calheiros, Romero Jucá (RR) e Edison Lobão (MA).

A partir daí, o partido teria passado a receber uma parcela das comissões de contratos com a Petrobras. As transferências eram feitas por Fernando ;Baiano; Soares, enquanto Youssef repartia a parte do PP. De acordo com o doleiro, a propina era de 1% sobre o valor dos contratos.

Paulo Roberto Costa confirma a relação com Renan, afirmando que teve diversas reuniões na casa do senador, das quais participaram também os deputados Aníbal Ferreira Gomes (CE) e Henrique Eduardo Alves (RN), ex-presidente da Câmara dos Deputados. Os encontros ainda ocorriam, segundo Costa, na casa do senador Romero Jucá em Brasília, e que o assunto tratado era sempre o mesmo: a ajuda do PMDB à permanência dele na Petrobras em troca de ;apoio; ao partido.

Negociação
[SAIBAMAIS]Nesses encontros, eram discutidas as obras que seriam destinadas às empresas de interesse dos senadores. Numa dessas reuniões, segundo Costa, Aníbal, em nome de Renan, levou a ele uma reclamação do Sindicato dos Práticos. A entidade queria aumentar a remuneração da categoria. Aníbal contou que, se o sindicato fosse atendido, ele receberia uma comissão, e parte seria repassada a Renan. Costa receberia R$ 800 mil. O então diretor da Petrobras encaminhou o pedido, que foi finalmente atendido. Segundo Costa, o presidente do Senado recebia também um percentual dos valores envolvidos em contratos da Transpetro.

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