Eduardo Militão
postado em 08/03/2015 08:00
Trinta e quatro integrantes da base aliada da presidente Dilma Roussef são suspeitos de envolvimento em quatro crimes diferentes na Operação Lava-Jato, apurados em 23 diferentes inquéritos. São 50 indícios de corrupção passiva, 50 de lavagem de dinheiro, um de evasão de divisas e 28 formação de quadrilha. Os alvos são os 24 deputados e 10 senadores de PT, PMDB, PP e PTB que integram a lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que apura desvios na Petrobras. A maior parte dos políticos é suspeita de receber propina e de tentar esconder a origem do dinheiro fruto de negociatas. Só Antônio Anastasia (PSDB-MG), investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, integra o ;bloco oposicionista; da relação.Janot obteve autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para abrir inquéritos contra 49 pessoas, sendo 35 parlamentares. E ainda enviou pelo menos cinco investigações para outros tribunais, já que os personagens não têm mandato, como o ex-ministro da Casa Civil Antônio Palocci.
O crime de corrupção passiva prevê de dois a 12 anos de cadeia. De lavagem, de três a 10 anos. Além da multa, o tempo de prisão pode aumentar se algum ato do agente público for retardado ou negligenciado em razão do suborno ou, ainda, se o crime for praticado por pessoas em cargos comissionados ou na direção de estatais. É a corrupção passiva qualificada.
É o caso da senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffman (PT-PR). Assim como ela, o ex-ministro das Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA) é suspeito de corrupção qualificada e ainda responde por quadrilha. Unir-se a criminoso em grupo também é a investigação adicional contra o presidente Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO).
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