Politica

Quais as semelhanças entre a política brasileira e a série House of Cards?

Relação da presidente Dilma com o Congresso lembra em muitos pontos a série House of Cards, que trata do jogo político nos EUA

Daniela Garcia
postado em 08/03/2015 08:00
O cabo de guerra entre Executivo e Congresso Nacional potencializado na última semana em Brasília tem elementos que não devem em nada ao roteiro do drama político da série norte-americana House of Cards. A terceira temporada da novela de ficção traz o protagonista Frank Underwood, interpretado por Kevin Spacey, como presidente dos Estados Unidos passando por uma crise de impopularidade e tendo dificuldades para conquistar o apoio do próprio partido para a aprovação de projetos importantes. Na realidade brasileira, a presidente Dilma Rousseff enfrenta batalhas inglórias semelhantes. Depois de ter vencido a reeleição, a chefe de Estado vem encontrando obstáculos para ter a aceitação de seus projetos no parlamento, principalmente, pela insatisfação da base aliada.

Em um dos episódios da ficção, Underwood cogita mexer nas regras de programas assistenciais, mas sente a rejeição do projeto pela oposição e a base aliada. Dilma também encontrou resistência dos parlamentares ao anunciar medidas provisórias que afetam, por exemplo, o pagamento e pensão por morte, auxílio-doença e abono salarial. Para se tornarem leis, as MPs deverão ser votadas no Congresso. A presidente já disse que está disposta a negociar com deputados e senadores. Na semana passada, a presidente se reuniu com o maior partido aliado, o PMDB, com a promessa de melhorar a interlocução do governo com o Legislativo.

Assim como Frank, a presidente Dilma está buscando alternativas para driblar os parlamentares. Na série, o personagem então decide utilizar um fundo contra desastres naturais para bancar o projeto American Works (trabalhadores americanos, em inglês) para oferecer trabalho a todos os desempregados do país. Se mantida a negativa do Congresso, a presidente também terá de optar por um corte no Orçamento para abater os valores estimados pela sua equipe econômica. Com a medida, o governo cortará R$ 18 bilhões da Previdência. Os cortes em direitos trabalhistas serão uma forma de compensar um rombo provocado pelo próprio governo com a desoneração da folha de pagamento concedida aos empresários.

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