Em pronunciamento no Dia Internacional da Mulher, a presidente Dilma Rousseff pediu, na noite deste domingo (8/3), "paciência e compreensão" ao povo brasileiro diante da crise econômica. Disse que é direito do cidadão se irritar com a alta dos impostos e de se preocupar com as medidas de ajuste fiscal. Segundo a chefe de Estado, "passamos por problemas conjunturais, mas nossos fundamentos continuam sólidos". Ela fez ainda um apelo para que os brasileiros renovem a fé e a esperança no Brasil.
Dilma disse que a data comemorativa é ideal para ter uma "conversa, mais calma e mais íntima, com cada família brasileira" sobre as dificuldades econômicas que afetam o país. "Estamos na segunda etapa do combate à mais grave crise internacional desde a grande depressão de 1929. E, nesta segunda etapa, estamos tendo que usar armas diferentes e mais duras daquelas que usamos no primeiro momento." Segundo ela, o governo está "revisando certas distorções em alguns benefícios", e implantando medidas que reduzem o crédito e também as desonerações nos impostos do sistema produtivo. "Estamos fazendo tudo com equilíbro, de forma que tenhamos o máximo possível de correção com o mínimo possível de sacrifício", argumentou.
A presidente justificou que os métodos de ajuste fiscal também mudaram porque "há ainda a coincidência de estarmos enfrentando a maior seca da nossa história, no Sudeste e no Nordeste." E classificou de efeitos graves da seca, "como os aumentos temporários no custo da energia e de alguns alimentos".
Petrobrás
Ao final do discurso, Dilma disse que o Brasil está passando por um "fortalecimento moral e ético". Exemplo disso seria a "apuração ampla, livre e rigorosa nos episódios lamentáveis contra a Petrobras"."Com coragem e sofrimento, o Brasil tem aprendido a praticar a justiça social em favor dos mais pobres, como também a aplicar duramente a mão da justiça contra os corruptos", afirma.