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Dilma diz que "terceiro turno" pode "provocar ruptura da democracia"

Em relação aos pedidos pelo impeachment dela, Dilma disse que as pessoas têm de aceitar que as eleições acabaram

postado em 09/03/2015 17:44
Em relação aos pedidos pelo impeachment dela, Dilma disse que as pessoas têm de aceitar que as eleições acabaram
A presidente Dilma Rousseff afirmou na tarde desta segunda-feira (09/03), no Palácio do Planalto, que as pessoas tem o direito de se manifestar no país, mas que um terceiro turno das eleições pode provocar a ;ruptura democrática;. Ontem, o pronunciamento da presidente em cadeia nacional de rádio e televisão veio acompanhado de protestos por parte da população, com ;panelaços;, vaias e ;buzinaços;.



;Garantir o direito de manifestação é algo absolutamente, eu diria, valorizado por todos nós que chegamos à democracia e temos de conviver com as diferenças. O que nós não podemos aceitar é a violência, qualquer forma de violência não podemos aceitar, mas manifestação pacífica, elas são da regra democrática;, afirmou a presidente.

Em relação aos pedidos pelo impeachment dela, Dilma disse que as pessoas têm de aceitar que as eleições acabaram. ;Eu acho que há que caracterizar razões para o impeachment e não (pode ter) um terceiro turno das eleições. No Brasil, a gente tem que aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou, houve primeiro e segundo turno. Terceiro turno das eleições para qualquer cidadão brasileiro não pode ocorrer a não ser que se queira uma ruptura democrática;, argumentou.

Há diversas manifestações pedindo o impeachment da presidente marcadas para o próximo dia 15. A presidente, entretanto, disse acreditar que os brasileiros não defendem a ;ruptura; da democracia.

Em relação às medidas de ajuste fiscal, defendidas por ela no pronunciamento de ontem, a presidente disse que foi à tevê para mostrar que o país precisa de estabilidade para passar ;por uma fase aprofundada da crise econômica;. Ela afirmou que o país vai ultrapassar a crise e que, no fim do ano, o Brasil já deve ver um ;certo; crescimento.

;Não acredito que os brasileiros são do time do ;quanto pior, melhor;. Os que são a favor do ;quanto pior, melhor; não tem compromisso com o país. Eu, na televisão, queria deixar claro que o Brasil não esta vivendo hoje um momento do passado, em que ele quebrava. Ele esta passando por um ajuste, é um ajuste momentâneo em direção à retomada do crescimento econômico;.

A presidente ainda confirmou um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela vai amanhã a São Paulo e disse que, se não encontrá-lo lá, ele deve vir a Brasília. ;Nós ainda não combinamos. O presidente Lula é uma liderança. A presença dele sempre contribui porque ele tem noção de estabilidade e tem compromisso com o país.;

Lei do Feminicídio
Dilma sancionou na tarde desta segunda-feira (09/03) a Lei do Feminicídio. A lei sancionada por Dilma tipifica o feminicídio como crime hediondo e o torna um homicídio qualificado. A classificação aumenta as penas pelas quais os acusados de crime por motivo de gênero, que pode variar de 12 a 30 anos, e impede a liberação após pagamento de fiança. O feminicídio se caracteriza por crimes cometidos no ambiente doméstico e que tem o componente gênero como motivação. Antes de começar a cerimônia, Dilma foi saudada por um grupo de camponesas que gritaram gritos de apoio a ela.

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