Naira Trindade
postado em 10/03/2015 10:54
Na discussão antes do depoimento do ex-gerente Pedro Barusco, na CPI da Petrobras, parlamentares definiram ouvir o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na próxima quinta-feira, às 9h30. Cunha não foi convocado. O presidente se ofereceu para esclarecer dúvidas. Ele nega qualquer envolvimento em esquemas de corrupção investigado pela Operação Lava-Jato. [SAIBAMAIS]Também está em discussão se o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli será ouvido na quinta-feira. Nas inserções, parlamentares discutem se a sessão que vai ouvir barusco será ou não aberta ao público. O deputado federal pelo PSol, Ivan Valente (SP), chegou a pedir que a audiência da próxima quinta-feira fosse adiada. ;Acho muito prematura a sessão de quinta, podemos postergar um pouco e ouvir Julio Camargo e Jaime Oliveira (o careca). Apelo para que trace esse caminho;, requereu Valente.
O deputado mineiro Julio Delgado (PSB) comentou sobre a necessidade de criar uma comissão externa para seguir até Curitiba e ouvir também o juiz responsável pelas investigações, Sérgio Moro. Neste momento, a CPI está reunida no plenário 2 da Câmara. Em instantes, deve começar o depoimento do engenheiro Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras e delator da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Em sua delação premiada à Justiça, Barusco declarou ter recebido propina de empresas que mantinham contrato com a Petrobras desde 1997. Segundo ele, a partir de 2003, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, passou a participar do esquema. De acordo com o delator, Vaccari teria recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões em propinas para o PT, entre 2003 e 2013.