Um dia depois de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusar o Ministério Público de persegui-lo por a suspeitar que ele cometeu corrupção e lavagem de dinheiro, o procurador geral da República criticou as ;vozes do parlamento; que ;sabotam; o sentimento de nação. Rodrigo Janot afirmou nesta sexta-feira (13/3) que ;causa espécie que vozes do Parlamento, aproveitando-se de uma CPI instaurada para investigar o maior esquema de corrupção já revelado no País, tenham-se atirado contra a instituição que começa a desvelar a trama urdida contra a sociedade;.
As afirmações de Cunha foram prestadas ontem durante reunião da CPI da Petrobras. O deputado disse que faltou ;coerência; a Janot ao arquivar alguns casos e mandar apurar outros e que o procurador precisaria se explicar porque ;escolheu; investigar certas pessoas, a exemplo dele. Hoje, em reunião com procuradores-gerais de Justiça de todo o país, Janot pediu apoio para propostas legislativas para combater irregularidades e aproveitou para se defender das críticas de Eduardo Cunha.
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O procurador disse que, apesar de criticado, é o Ministério Público que se esforça para acabar com organização criminosa na Petrobras. ;Pelos esforços do Ministério Público, esse esquema foi exposto ao País e será também pela nossa atuação que os verdadeiros culpados irão responder judicialmente e sofrerão as penas cabíveis;, afirmou Janot.
O procurador disse que os críticos dele têm ;interesses vis;. ;Não vou permitir que, neste momento da vida funcional, interesses vis ou preocupações que estejam além do Direito influenciem o meu agir.;
Janot disse que as instituições brasileiras é formada por uma ;grande maioria de homens de bem; que não ficará imobilizada em meio à Operação Lava-Jato. Afirmou ainda que vão saber diferenciar ;entre aqueles que lutam por um futuro para o país e aqueles que sabotam nosso sentimento de nação;.