Manifestantes que participaram da passeata do Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores, da Democracia, da Petrobras e pela Reforma Política encerraram o ato, início da noite, na Praça da República, na região central da capital paulista. Sob muita chuva, que não dispersou a manifestação, os ativistas gritavam ;Não vai ter impeachment não; e ;Fica Dilma;.
De acordo com os organizadores, cerca de 100 mil pessoas participaram da passeata. Segundo a Polícia Militar (PM), foram 12 mil. Não houve ocorrências graves. O ato reuniu, na maioria, integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), da União Nacional dos Estudantes (UNE) e de outros movimentos sociais e sindicais.
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Gilmar Mauro, da direção do MST, destacou as bandeiras que unificam os atos de hoje. ;Estamos na rua não é contra nem a favor do governo, estamos aqui por quatro pontos: a reforma política, evidentemente no nosso caso, a reforma agrária, a reforma urbana, e é preciso evitar os cortes [no Orçamento]. É preciso fazer com que haja investimentos sociais e é um direito do povo brasileiro se manifestar em defesa da Petrobras que é um patrimônio público.;
Ele avalia que a reforma política pode contribuir para combater os processos de corrupção no país. ;Essa reforma política pode vir a contribuir com esse processo de corrupção que está instalado no nosso país. É uma bandeira de esquerda anticorrupção. Nós somos favoráveis que se puna todos os corruptos, mas para evitar isso é preciso criar leis que impeçam o financiamento privado de campanha.;
No início do ato, os ativistas se concentraram em frente ao prédio da Petrobras, na Avenida Paulista. Eles se juntaram aos professores que fizeram assembleia no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e seguiram em marcha pela Rua da Consolação até a Praça da República.