Warner Bento Filho, Naira Trindade
postado em 15/03/2015 08:02
No Congresso Nacional, a expectativa da base aliada é de que as manifestações de hoje tragam poucas mudanças no comportamento dos parlamentares. ;É um protesto diferente do que ocorreu em 2013, quando o povo saiu às ruas de forma espontânea, numa verdadeira manifestação de massa pedindo melhorias;, alfinetou o vice-líder do governo na Câmara, Carlos Zarattini (PT-SP), referindo-se aos protestos de junho de 2013 que conseguiram impedir o aumento de reajustes nos preços das passagens de ônibus pelo país e deram um pontapé no sentimento de acabar com a corrupção.Apesar da imagem de pouca esperança que alguns integrantes da base governista querem transparecer das manifestações, há um temor de que os protestos arrastem uma multidão contrária ao governo da presidente Dilma Rousseff para as ruas. Enquanto os ativistas se reúnem, a presidente estará concentrada no Palácio da Alvorada acompanhada dos ministros para avaliar a repercussão do movimento.
Uma das preocupações de interlocutores do Planalto é de que os protestos se tornem mais expressivos do que o previsto. Foi por isso que Dilma convocou auxiliares para monitorar os acontecimentos. As manifestações de sexta-feira, no movimento pró-Dilma, surpreenderam o governo, que esperava uma adesão menor. Ontem, Rossetto comemorou, em entrevista apenas às redes de televisão, a ausência de violência e quebra-quebra nos protestos de sexta e afirmou esperar que o mesmo se repita hoje.
Líder da oposição no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR) está confiante de que uma multidão se mobilizará hoje para mostrar indignação. ;A manifestação se alargou para as cidades do interior, saiu das capitais, o que revela a grande insatisfação. É o momento de expressar a revolta com a crise econômica e com os escândalos de corrupção;, afirmou.
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