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CPI da Petrobras quer ouvir ex-diretor Renato Duque em Brasília

Em ofício enviado ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, Motta pediu que o diretor seja transferido para a sede da Polícia Federal na capital

Após as manifestações de domingo arrastarem uma multidão às ruas do país e aumentar a pressão sobre o governo Dilma Rousseff, o presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), decidiu insistir no depoimento do ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque, acusado de ser o operador do esquema de corrupção do PT na petroleira. Preso novamente ontem, na 10; fase da Operação Lava-Jato, Duque está impedido de comparecer ao depoimento marcado para quinta-feira na Câmara porque um ato da Mesa proíbe a oitiva de detentos na Casa.



Moro deve enviar uma resposta à CPI da Petrobras nos próximos dias. Geralmente, o juiz responde rapidamente aos questionamentos do Congresso em relação aos investigados da Operação Lava-Jato. Até o fechamento desta edição, no entanto, ele não havia se posicionado.

Preso sob a acusação de ter transferido 20,5 milhões de euros (R$ 70 milhões) da Suíça para Mônaco, Duque é o quarto investigado esperado para ser ouvido pelos integrantes da CPI da Petrobras. Há duas semanas, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco depôs por quase seis horas. Na ocasião, ele enfatizou que Renato Duque era o responsável, com o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, de esquematizar o repasse de dinheiro para o partido. Segundo Barusco, metade do dinheiro era repartido entre ele e Duque. O restante ficava com Vaccari.