Politica

Mercadante diz que saída de Cid foi motivada por "incidente político grave"

O ministro também afirmou que compete à presidente Dilma indicar outra pessoa para o cargo

postado em 19/03/2015 14:38

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse nesta quinta-feira (19/3) que a saída de Cid Gomes do Ministério da Educação foi resultado de um "incidente político grave;. Mercadante afirmou que foi ;iniciativa; de Cid o pedido de demissão e classificou a atitude como ;correta; diante da relação dele com a presidente Dilma Rousseff e o governo. Ele enalteceu a participação do ex-ministro na melhoria da educação no Ceará enquanto ele era governador.

"O que nós tivemos, enfim, é da vida pública e da democracia, um incidente político grave. Evidentemente, prejudicaria muito o MEC na permanência do ministro, depois da sessão que vimos ontem, um debate um muito acalorado entre o ministro e o Congresso Nacional", disse.

O ministro afirmou que foi Cid quem tomou a iniciativa de pedir demissão à presidente depois de dar declarações de cunho ;pessoal;. ;Acho que ninguém gostaria que isso se transformasse no episódio que se transformou. Mas a política é assim. Tem que virar a página e tocar para frente a educação;, disse ;Todos sabem que a saída foi em função de um incidente de natureza política e pessoal, não tem nada a ver com o governo;, completou.

Mercadante se negou a comentar as especulações de que ele é cotado para assumir o Ministério. E compete a ela indicar (alguém). Tenho certeza que será a melhor escolha para garantir que o MEC seja um ministério destacado, é o lema do governo, ;Brasil Pátria Educadora;;. A fala do ministro ocorre depois que ele recebeu o prêmio da Fundação Espanha Brasil, na Embaixada da Espanha.

Em meio ao clima tenso entre o govenro da presidente Dilma Rousseff e a base, o ministro da Educação, Cid Gomes, reforçou no Plenário da Câmara dos Deputados que há entre 300 e 400 deputados ;achacadores;, para quem ;quanto pior, melhor;. Ele dirigiu as críticas à base e chegou a apontar para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ao se referir a parlamentares que deveriam apoiar o Executivo. ;Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então ;larguem o osso;, saiam do governo, vão para a oposição;, afirmou. No final da tarde, Cunha anunciou a demissão de Cid Gomes, após ser comunicado por Aloizio Mercadante.

Terceiro Turno
Mercadante disse também que desde as eleições, o Brasil vive um clima de ;terceiro turno;, como os ministros do governo tem se referido aos pedidos por impeachment da presidente. Ele disse que o governo já passou por outros momentos difíceis e teve eleições muito polarizadas.


;E depois de 12 anos consecutivos, quatro eleições que a oposição perde, e uma eleição disputado, acho que nós tivemos depois da eleição um clima de terceiro turno. Houve questionamento da urna eletrônica, houve um questionamento das contas eleitorais, foi aprovada por unanimidade, gerando um clima de questionamento. Agora o país precisa neste momento de um ajuste fiscal;, afirmou.


Ele disse que é preciso que o governo ouça a ;voz; das ruas e que o pacote anticorrupção lançado ontem é uma das respostas às criticas contra os atos ilícitos. Mercadante avaliou que outra questão é que a população está cobrando que o governo faça em 78 dias o que prometeu durante a campanha.


;Discurso da campanha é um discurso para quatro anos. A gente não pode ser cobrado em dois meses como se nós pudéssemos entregar em dois meses aquilo que nós queremos entregar em quatro anos. Agora o país precisa neste momento de um ajuste fiscal;

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