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Para ministro, promessas eleitorais de Dilma "têm horizonte" de quatro anos

Ele afirma também que o sentimento de combate à corrupção é compartilhado pelos manifestantes e pela presidente

postado em 19/03/2015 15:47
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse hoje (19/3) que as promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff tem um horizonte de quatro anos, tempo de duração do mandato e, portanto, não dá para ter como referência o início do governo. Ele acrescentou que os primeiros meses de 2015 estão sendo dedicados aos ajustes necessários para a recomposição da economia do país.

;As pessoas precisam entender que o discurso [eleitoral] é para quatro anos e não para os primeiros dois meses de governo. Precisamos de ajuste fiscal e quanto mais rápido isso for feito, mais rápido sairemos da situação. Teremos de reorganizar as contas públicas. Isso traz um pouco de sacrifício para todos. Mas faz parte [das ações], inclusive, cortar da própria carne do governo;, disse o ministro após receber homenagens em cerimônia na Embaixada da Espanha, em Brasília.

Segundo ele, as recentes manifestações demonstram um sentimento que é presente tanto na presidente como nos manifestantes. ;É a importância do combate à corrupção. Isso está sendo implementado de forma implacável, como nunca aconteceu no Brasil;. Mercadante destacou as medidas anunciadas ontem, pela presidenta, de combate ao caixa dois e o confisco de bens, como forma de punição aos servidores que não justificam patrimônio e renda.

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;Já vivemos muitos momentos difíceis ao longo desses 12 anos. No governo Dilma também. Em 2013, tivemos grandes manifestações e a leitura dos jornais foi mais ou menos semelhante às de hoje. Na época, a presidente ouviu as reivindicações e, depois, venceu as eleições após termos desenhado pactos e dado respostas;, ressaltou o ministro.

Ainda sobre as manifestações, Mercadante disse que elas são em parte explicadas pelas eleições ;polarizadas e muito disputadas; de 2014. ;Depois de 12 anos e de quatro derrotas seguidas da oposição, tivemos um clima de terceiro turno. Houve até questionamentos à urna eletrônica. O curioso é que isso foi apenas para a eleição presidencial, não sendo dirigidas a governadores, Congresso Nacional, nem deputados estaduais. Houve, também, questionamento sobre as contas eleitorais. Tudo isso faz parte da disputas eleitorais;.

Perguntado sobre a desvalorização do Real, o ministro disse que a moeda esteve sobrevalorizada durante muito tempo. A seu ver, isso impactou a indústria, que teve um déficit comercial ano em transações correntes, em 2014, da ordem der US$ 100 bilhões. ;Essa desvalorização aumenta nossa competitividade e os investimentos externos. Além disso ajuda nas exportações de commodities;, disse ele.

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