Naira Trindade
postado em 25/03/2015 06:03
Um dia depois de virar réu no processo da Operação Lava-Jato, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, enfrenta a convocação para prestar depoimento na CPI da Petrobras e a pressão de grande parte dos petistas para que deixe o partido a fim de evitar mais sangramento. Denunciado à Justiça por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, Vaccari constrange a legenda, a presidente Dilma Rousseff e aliados. Um dos temores é que ele chegue a ser preso em novas fases da investigação. A permanência dele é defendida, porém, pelo presidente da sigla, Rui Falcão.Leia mais notícias em Política
A convocação do tesoureiro foi aprovada ontem pelos parlamentares, que referendaram 96 requerimentos, entre eles, cerca de 50 convocações, pedidos de oitivas e quebras de sigilos. Além de Vaccari, a comissão aprovou a vinda do empresário da Toyo Setal Augusto de Mendonça; do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho; da ex-gerente de Abastecimento da Petrobras Venina Velosa e a reconvocação do ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco. As datas dos depoimentos ainda precisam ser encaixadas no calendário.
[SAIBAMAIS]Apesar do alto número de depoimentos, o colegiado não votou requerimentos para ouvir políticos e empreiteiros investigados na Lava-Jato. Acusado de blindar os colegas, o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), alegou que não havia acordo. Nos mais de 400 requerimentos, havia a solicitação para ouvir o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, também suspeito de participar do esquema de pagamentos de propinas na estatal, o senador Fernando Collor (PTB-AL) e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
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