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Investigada pela Lava Jato, OAS pede recuperação judicial em São Paulo

Caso haja deferimento do pedido, a empresa poderá congelar o pagamento das dívidas a fim de renegociá-las

postado em 31/03/2015 18:52
A OAS, grupo que atua no setor de engenharia e infraestrutura, apresentou hoje (31) um pedido de recuperação judicial de nove de suas empresas à Justiça do Estado de São Paulo. A medida tem por objetivo renegociar dívidas, ;preservando milhares de empregos diretos e indiretos;, informou a empresa.

Caso haja deferimento do pedido, a empresa poderá congelar o pagamento das dívidas a fim de renegociá-las. Dessa forma, a OAS terá 60 dias para apresentar um plano de reestruturação dos débitos aos credores e fornecedores, que deverão discutir e aprovar a proposta em até 120 dias.

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Para dar andamento à reestruturação, a OAS esclareceu ter colocado à venda sua participação na Invepar (24,44%), no Estaleiro Enseada (17,5%), na OAS Empreendimentos (80%), OAS Soluções Ambientais (100%), OAS Óleo e Gás (61%) e OAS Defesa (100%). A empresa negociará também a Arena Fonte Nova (50%), em Salvador, e a Arena das Dunas (100%), em Natal.

;Vamos vender nossos ativos em um processo de recuperação judicial para garantir aos investidores que não correrão risco de ter seu negócio contestado na Justiça pelos credores da OAS;, afirmou, por meio de nota, o diretor de Desenvolvimento Corporativo da Construtora OAS, Diego Barreto.

Além disso, o grupo informou que priorizará os negócios relacionados à construção pesada, representados pela Construtora OAS.

A OAS é alvo da Operação Lava Jato, que investiga desvios e corrupção na Petrobras, resultando na interrupção das linhas de crédito à empresa. Os clientes suspenderam pagamentos e novas contratações e as agências de risco rebaixaram a nota de crédito da empresa, levando ao vencimento antecipado de suas dívidas.

;O setor de infraestrutura depende de financiamento intenso de capital para desenvolvimento dos projetos que dão suporte ao crescimento econômico do país. Desde o início das investigações na Petrobras, as instituições financeiras têm sistematicamente restringido o acesso das empresas aos recursos necessários para manutenção das obras;, ressaltou o presidente da OAS Investimentos, Fabio Yonamine.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) informou que, até as 16 horas, o pedido de recuperação judicial não havia sido protocolado.

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