postado em 31/03/2015 18:57
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, falará à CPI da Petrobras da Câmara na primeira quinta-feira de abril (9/4), dias antes da próxima manifestação contra o governo da presidente Dilma, agendada para domingo (12/3). Vaccari, cujo depoimento estava marcado originalmente para o dia 23 de abril, terá de se explicar aos deputados sobre o suposto recebimento de verbas para o caixa do partido. A alteração foi determinada ontem pelo vice-presidente da CPI e ex-líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy. Ele ocupava interinamente a presidência da Comissão, enquanto o presidente Hugo Motta (PMDB-PB) aproveitava o feriado de semana santa para descansar na Itália. A decisão foi tomada ao fim da reunião da CPI, na tarde desta terça (31/3).Leia mais notícias em Política
Deputados petistas e o relator, Luiz Sérgio (PT-RJ) protestaram contra a decisão. ;O que me causa preocupação é estabelecermos uma lógica partidária, em decorrência das agendas sociais que temos no Brasil. Porque isto é atestar que não se quer apurar nada, que o que se quer é fazer agitação política. E para fazer agitação não precisaríamos de uma CPI, que custa recursos;, criticou Luiz Sérgio. Em depoimento à Justiça Federal no Paraná, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco acusou o PT de ter recebido cerca de US$ 200 milhões do esquema da Petrobras, dos quais pelo menos US$ 50 milhões teriam passado pelas mãos de Vaccari.
Imbassahy disse que o único objetivo é garantir que Vaccari seja ouvido ;o quanto antes;. ;O que os brasileiros desejam é isso, que a gente siga com as oitivas, com as quebras de sigilo, e que tudo isso seja feito à luz do dia;, disse. Diante dos protestos dos petistas, ele também disse que irá consultar Hugo Motta assim que ele voltar ao Brasil, no dia 07 de abril. Pelo calendário apresentado ontem, a CPI ouvirá na próxima terça (07) o diretor de Gás e Energia da Petrobras, Hugo Repsold, a respeito do projeto do Gasene; na terça seguinte (14), será a vez do empresário Augusto Mendonça, da Toyo Setal.