Politica

Manifestação de sindicalistas na Esplanada tem conflito com PM

Os manifestantes jogaram garrafas nos militares e os PMs revidaram com bombas de gás lacrimogêneo

Antonio Temóteo
postado em 07/04/2015 11:29
Os manifestantes jogaram garrafas nos militares e os PMs revidaram com bombas de gás lacrimogêneo

Pelo menos três pessoas ficaram feridas no confronto entre policiais militares e manifestantes, durante um protesto em frente ao Congresso Nacional, na tarde desta terça-feira (7/4). Manifestantes de centrais sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) pressionam os parlamentares contra a aprovação do Projeto de Lei 4330 de 2004, que amplia as possibilidades de contratação de mão de obra terceirizada no país. A sessão que apreciará o projeto ocorre hoje na Câmara dos Deputados.

Durante os confrontos, pelo menos dois veículos particulares foram depredados. Um ônibus da PMDF também teve os vidros destruídos por manifestantes. Enquanto isso, deputados do PT e do PCdoB, como Orlando Silva (PCdoB-SP), discursavam em cima de um carro de som. Alguns manifestantes também atiraram pedaços de pau e projéteis contra a barreira policial, e até rojões foram usados para atacar os policiais. A PM, por sua vez, usou bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para tentar dispersar a manifestação.

Manifestante da Cut é levado para o Congresso Nacional para receber atendimento médico

O presidente da CUT, Wagner Freitas, cobrou uma ação do governo e da base aliada para votar contra o projeto de terceirização. ;Nosso inimigo está lá dentro, são os deputados e empresários. Precisamos acabar com o financiamento empresarial de campanha, porque ele é o berço da corrupção;, disse. Ele também pediu vaias ao Solidariedade, partido do deputado Paulinho da Força (SP). Segundo Freitas, o Solidariedade é um partido ;a serviço dos empresários, e contra o trabalhador;. A central sindical ligada ao partido, a Força Sindical, é favorável ao projeto.

Lei dos terceirizados

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), Alci Matos, explica porque os grupos são contrários ao projeto: "Da forma como está, as condições de trabalho ficam precárias, não é respeitado o direito dos trabalhadores".
Os manifestantes jogaram garrafas nos militares e os PMs revidaram com bombas de gás lacrimogêneo

O ato ocorre ainda em 11 estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

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