Politica

Juiz suspeita que Vargas obteve R$ 2,3 milhões por contrato na Caixa

Ex-deputado obteve dinheiro em espécie após negócios simulados entre IT7 Sistemas de banco e escritório, segundo contadora do doleiro Alberto Youssef

Eduardo Militão
postado em 10/04/2015 12:56
O ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR) é suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro em um episódio envolvendo fornecedor da Caixa Econômica. Ele foi preso nesta sexta-feira (10/4) pela Polícia Federal na Operação ;A origem;, 11; fase da Lava-Jato. A contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, disse que emitiu R$ 2,39 milhões em notas fiscais frias em favor da IT 7 Sistemas Ltda. Nenhum serviço foi prestado, segundo reproduziu o juiz da 13; Vara Federal de Curitiba, Sérgioo Moro, ao determinar a detenção do ex-deputado. As notas foram emitidas em dezembro de 2013 para acobertar o repasse do dinheiro, de acordo com a contadora.

Meire Poza afirmou que o dinheiro foi entregue em espécie a Vargas e a seu irmão Leon Vargas, a pedido de Youssef. Mensagens de correio eletrônico entre a contadora, Leon e Marcelo Simões, da IT7 Sistemas tratam da confecção das notas fiscais.

Em 2013, a IT7 recebeu cerca de R$ 50 milhões da Caixa Econômica, mas a empresa também mantém contratos com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e o órgão equivalente no Paraná, a Celepar. ;Há prova, em cognição sumária, de que Alberto Youssef providenciou (;) o repasse de R$ 2.399.511,60 em espécie a André Vargas;, escreveu Sérgio Moro. ;Em tese, os fatos configuram crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.;

Antes de ser cassado, Vargas negou qualquer irregularidade ou participação em crimes como tráfico de influência ou corrupção. Sua defesa não evitou sua cassação pela Câmara, no ano passado.

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