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No Panamá, Dilma defende investimentos em educação e infraestrutura

Cúpula das Américas reúne chefes de Estado e Governo de 35 países

postado em 10/04/2015 19:32

Em um discurso na Cidade do Panamá a uma plateia de empresários de diversos países do continente americano, a presidenta Dilma Rousseff elencou os investimentos em infraestrutura e em educação para que o Brasil continue crescendo ;de forma sustentável; e citou a integração regional como um dos compromissos a ser priorizado por ela nos próximos anos. Ela também fez uma defesa do que chamou de ;grande esforço de ajuste fiscal; que vem promovendo no país como medidas necessárias ao reequilíbrio do crescimento brasileiro.

A presidenta iniciou sua fala celebrando a ;acelerada inclusão social; ocorrida no Brasil depois de ser ;um país extremamente desigual;. ;Eu quero dizer que a grande mudança que o Brasil deseja e encaminhou nesses últimos anos é se transformar em um grande país de classe média. Esse é o objetivo da nação brasileira;, disse.

Dilma discursou ao lado dos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama; do México, Enrique Peña Nieto, e do Panamá, Juan Carlos Varela. Eles participaram, na Cidade do Panamá, de um debate do Foro Empresarial das Américas, cujo tema desta edição é Integração Produtiva para o Desenvolvimento Inclusivo. Na noite desta sexta-feira (10/4), os chefes de Estado e de Governo de todos os 35 países das Américas e do Caribe participam da abertura da 7; Cúpula das Américas, também no Panamá.

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Durante uma breve fala inicial, a presidenta disse que a infraestrutura e a inovação são fatores estruturais para a continuidade do crescimento brasileiro. Aos empresários, Dilma classificou a educação como o ;único jeito; de assegurar que a inclusão social seja permanente. Quanto à infraestrutura, a representante brasileira disse serem fundamentais os investimentos tanto logísticos quanto urbanos.

;Mobilidade urbana e habitação como infraestruturas sociais são fundamentais. Junto com ferrovias, portos, aeroportos e toda expansão energética necessária para assegurar o crescimento;, declarou. Algumas obras que o Brasil desenvolve com outros países americanos nesse quesito foram citadas pela presidenta como exemplos de parcerias com diferentes governos e empresários, como o Porto de Mariel em Cuba, o Pólo Petroquímico da Cidade do México e a construção e o financiamento dos gasodutos sul e norte na Argentina.

;Acho que a integração regional das nossas economias funciona como um fator que expande as nossas fronteiras, oportunidades e economias. Daí porque o Brasil se dedicou nos últimos anos a investir fortemente na integração de infraestrutura;, disse.

Após defender, no discurso, a importância da inovação para a melhoria de renda dos brasileiros e para o desenvolvimento de setores-chave do país como agricultura e indústria, Dilma voltou ao tema quando respondia aos empresários. Segundo ela, a ciência e tecnologia podem fomentar um aprimoramento na quantidade mas também na qualidade do ensino dos países.

;O grande desafio de países como o Brasil é a educação, consideramos que ela tem que estar no centro do processo tanto de crescimento econômico quanto de inclusão social;, destacou, complementando que é necessário que o país exerça atividades que agreguem valor. ;Eu acho que a América Latina e todos nós temos de almejar sermos produtores de valor agregado, utilizadores do conhecimento como forma de garantir que os nossos povos de fato tenham acesso a um padrão de vida de classe média;.

O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luis Alberto Moreno, foi o mediador do debate, para o qual centenas de líderes empresariais foram convidados. Nomes como Mark Zuckerberg, fundador e presidente do Facebook, foram confirmados como oradores do evento.

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