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Ativistas defendem papel dos movimentos sociais na defesa da democracia

"Acho que temos que olhar esse momento que estamos vivendo, em que a democracia é questionada. O movimento de mulheres e o movimento feminista, há séculos, têm lutado exatamente para ampliar a democracia", disse Sônia Coelho, da Marcha Mundial das Mulheres

postado em 12/04/2015 17:24
O papel dos movimentos sociais para a garantia do direito democrático de organização popular no país foi a tônica de um dos debates de hoje (12) na Jornada pela Democracia: Debates, Ideias, Contraponto, evento autointitulado pluripartidário e de esquerda, no qual uma maratona de debates ocorre desde cedo e que tem o objetivo de discutir a conjuntura da política atual.

No debate ;Movimentos Sociais, Novo Ativismo e Juventude;, Gabriel Gonçalves, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), registrou que ;os movimentos sociais são fruto das sementes que foram plantadas desde os anos 60 [período do golpe militar]. Uma das nossas grandes tarefas, dos movimentos sociais, é garantir esse processo democrático de organização popular, é conseguir fazer com que se tenha uma sociedade civil organizada que consiga lutar pelos seus direitos;.

[SAIBAMAIS]Gabriel ressaltou a importância da participação social como catalizadora do processo democrático. ;A democracia é construída pelo povo. São os movimentos, é a população, é a classe trabalhadora que, todo dia, no seu cotidiano, acorda e faz gerar a riqueza desse país. Hoje estamos em um processo de garantia e construção de direitos, processo que se faz pela luta. Os movimentos sociais são uma das maneiras em que você vai ter uma sociedade civil organizada para essa luta;.

Sônia Coelho, da Marcha Mundial das Mulheres, apontou como fundamental a unidade dos movimentos para lidar com as questões que se interpõem na conjuntura política. ;A Marcha Mundial das Mulheres e o movimento feminista, há algum tempo, têm construído esse processo de aliança, que achamos fundamental. Participamos nesse processo do plebiscito por uma constituinte exclusiva e soberana, por reforma política, que se desencadeou, desde o ano passado, e que é uma resposta fundamental nesse momento que nós estamos vivendo.;

A ativista defendeu que o momento é o de apoiar a democracia. ;Acho que temos que olhar esse momento que estamos vivendo, em que a democracia é questionada. O movimento de mulheres e o movimento feminista, há séculos, têm lutado exatamente para ampliar a democracia;, disse Sônia.

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O deputado estadual de São Paulo Adriano Diogo, que também participou da mesa de debate, defendeu que são os movimentos populares e sociais que vão conseguir ;unir tanto direita como esquerda para a construção; da reforma política, hoje necessária, na sua opinião, como ;uma nova reorganização político-partidária que realmente represente os sentimentos do povo brasileiro;.

;A somatória dos movimentos sociais, como foi no fim da ditadura, essa costura é que vai gerar um novo momento político-partidário no país. E, por meio dele, vamos poder construir uma democracia e uma paz que governe o país e o povo brasileiro;, concluiu.

Os debates vão até as 21h e abordarão, dentre outros temas, a economia, as cidades, o conservadorismo na atual conjuntura, a importância da comunicação e o futuro da esquerda.

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