postado em 14/04/2015 13:39
Integrante da equipe da Operação Lava-Jato, o delegado da Polícia Federal Márcio Adriano Anselmo disse, na manhã desta terça-feira (14/4), que é contrário a um "acordão" entre as empreiteiras investigadas no caso e o governo. Sob a justificativa de evitar uma "quebra" geral dessas empresas e as possíveis consequências para a economia do país, integrantes do governo têm articulado um acordo de leniência."(Concordo com um acordo) Desde que se tenha um controle e seja evitado o acordão, que se deixe de aplicar as sanções esperadas", disse o delegado. Ao discordar do acordão, Anselmo disse que "tem uma hora que se deve passar a situação a limpo, já que as empresas fazem isso há anos". "Não dá para pensar só na situação das empresas. Até porque elas lucraram com isso", disse.
O delegado participou de evento da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal sobre medidas para melhorar o combate à corrupção. No evento, os delegados comentaram as dificuldades para repatriação de valores desviados por crimes. Anselmo disse que a dificuldade pode afetar a Operação Lava-Jato. "A não ser em casos que voluntariamente os investigados se dispuseram a devolver o dinheiro, como o Alberto Youssef e o Paulo Roberto Costa", disse.